Leão do fisco é gatinho para fazendeiros
Segundo Josias de Souza, um dos mais famosos articulistas do país, o leão do fisco foi domado pelos fazendeiros. A celeuma que o jornalista levanta diz respeito à famosa cobrança do Funrural. Os fazendeiros perderam na justiça esse debate, terão de pagar a previdência. Na proposta do governo - medida provisória 793 - as dívidas do Funrural poderiam ser pagas em 180 meses. Na proposta governamental, os fazendeiros teriam de pagar 4% do total da dívida divididas nas quatro primeiro parcelas para aderir a esse "Refis para fazendeiro". Os homens e mulheres do campo desejam pagar tão somente 1% do total da dívida para aderir ao plano. O governo anistia as multas em 25%, os fazendeiros desejam 100% de anistia. Não querem pagar multa alguma.
Para o jornalista, os fazendeiros são oportunistas. Aproveitam-se da fraqueza do governo. Não está errado. O governo é fraco. Os fazendeiros são fortes. Quem tem força não paga imposto. Quem é organizado conquista maiores vitórias em tudo na vida, até mesmo contra o inabalável imposto.
A surpresa reside no uniforme vestido pelo jornalista de defensor de impostos. Não cabe em seu histórico. Cheira a um ranço comum entre os homens das cidades contra os homens do campo. Há uma crescente e indisfarçável fobia para com os fazendeiros e seus representantes no Congresso. Eles seriam "depussauros", deputados de um Jurássic Park que pertence ao mundo dos fósseis, deveriam estar extintos há milhões de anos.
Apenas mais um dos inúmeros ódios que os brasileiros resolveram colecionar. Parcela importante dos agricultores pertence ao século XXI. Souberam se atualizar. Esse "Refis para fazendeiro", por eles pretendido, não dista em nada dos demais Refis do governo federal, estadual e municipal. Mais do mesmo. São todos governantes que não sabem organizar suas despesas e necessitam - desesperadamente - de algum dinheiros para pagar o décimo terceiro salário do funcionalismo. A única diferença - insisto - está na organização dos deputados da bancada ruralista. Eles, ao contrário dos industriais, não se amedrontam, fazem campanha e elegem seus representantes. Rançoso mesmo é o debate de cidade contra o campo.
Ensine aos filhos as regras de poupar.
A literacia financeira - a condição de quem é letrado - não é só para adultos. Os jovens devem aprender a poupar e a entender, minimamente, as suas regras. Quer seja para estudar dentro de alguns anos, fazer uma viagem ou dar entrada para o primeiro carro, os pais devem ensinar os filhos a guardar. Para começar, leve-os a refletir sobre as variáveis da poupança. Em quantos anos desejam ver o resultado do que pouparam? O montante inicial é elevado? O objetivo é fazer reforços regulares de pequenos montantes? É preciso, também, avaliar a sensibilidade ao risco. Ou seja, questionar se é preferível aplicar em algo que dê elevado retorno, mas de alto risco ou o inverso. Devem alertar os jovens para a necessidade de, antes de escolher o produto de poupança, analisar as suas características, lendo atentamente a informação pré-contratual. Antes de decidir, sugira comparar as alternativas.
O crescente negócio da beleza masculina.
Um em cada dois homens reconhece usar um prose tratamento facial. Nós compramos menos cosméticos, mas estamos mais dispostos a pagar mais por produtos de melhor qualidade e somos mais fiéis às marcas. Todavia, continuamos tímidos nessa compra, resistimos a frequentar as lojas e preferimos o anonimato da internet ou a compra solicitará a mães, esposas ou irmãs. Pouco a pouco, os homens vão dando forma a um setor em expansão.
Em um minuto vendem em qualquer lugar do mundo quatro frascos de "Aquapower", o creme mais popular para homens. A LOreal está expandindo sua oferta até chegar a 80 produtos específicos para homens, adaptados a tipos de pele e a problemas cutâneos. Se em 1990 só 4% dos homens reconheciam usar produto de beleza facial, em 2001 eles já eram 21%, e em 2015 chegaram a 50%. A tendência é das marcas consolidarem mercado sem lançar demasiadas novidades. Nas últimas três décadas, o setor masculino demonstrou um nível de fidelidade muito maior. Apesar do homem comprar menor quantidade, não lhe importa pagar mais. Custa aos homens entrarem em uma loja para comprar cosméticos faciais, mas quando entram, querem melhor qualidade. As mulheres compram 26% de perfumes seletivos - os mais caros - já os homens compram 31%. Na divisão de grande consumo - mais acessíveis - as mulheres adquirem 71%, e os homens, 66%. Os aromas de maior fetiche são engarrafados pela Hugo Boss, Dior ou Paco Rabanne. Para cuidados faciais, os campeões são da Biotherm e da japonesa Shiseido.