Lombrigas, desnutrição, malária... a criança indígena no Brasil
Desde que portugueses e espanhóis atracaram suas caravelas nas praias brasileiras os indígenas são sistematicamente mal tratados. Uma foto de uma menininha de oito anos e 12 quilos correu o mundo. Mostra o estado de abandono a que relegaram as crianças que estão nas aldeias. Uma rede escura envolve o pequeno corpo infantil. A criança é tão magra que sua pele se amolda a suas costelas. Ela pesa 12,5 quilos. O peso mínimo para uma criança de sua idade é de 20 quilos. Ela está na aldeia de Maimasi, em Roraima. É uma crueldade que se eterniza.
Símbolo do abandono histórico das crianças indígenas.
A criança padece de lombrigas, malária, desnutrição e pneumonia. Não há visitas regulares de equipes sanitárias na região. Esta a onze horas a pé do centro de saúde mais próximo. À medida que a malária e a covid avançam na aldeia, os centros de saúde de toda a região foram fechados. Conseguiram o impossível, pioraram o atendimento médico que era quase inexistente.
Malária e desnutrição crônicos.
Um estudo da Fiocruz dá pistas da magnitude do problema. Mais de 80% das crianças de até 5 anos sofre de desnutrição crônica e 50%, de desnutrição aguda. A crise de saúde que se tornou eterna, está relacionada com a escassez de água potável e a falta de controle nutricional. Também se deve aos frequentes casos de diarreia e verminose. Foram 10.000 casos de malária só neste ano. Manter a vida infantil indígena é próximo do impossível.