Maconha e anfetamina em alta. Há vantagens na diminuição das drogas lícitas?
Nos Estados Unidos a maconha e outras drogas ilícitas estão vencendo o tabaco e o álcool
O Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIH), órgão do governo norte-americano que faz o acompanhamento do uso de drogas lícitas e ilegais desde 1975 entrevistou 41.551 estudantes de 377 escolas públicas e privadas e verificou uma clara tendência de diminuição do uso do cigarro e do álcool e uma elevação no uso da maconha e da anfetamina.
Nos anos iniciais da pesquisa, mais de 80% dos jovens dos EUA afirmavam ingerir bebidas alcoólicas. Esse número caiu e se aproxima dos 50%. Fato semelhante ocorreu com o cigarro. Quase 60% dos estudantes afirmavam que eram tabagistas nos anos 1970 e 1980. Hoje, o percentual de jovens norte- americanos que usam cigarros é de 22,6%.
Se caiu o consumo de cigarros e bebidas alcoólicas amentou o de usuários da maconha e da anfetamina. O percentual de usuários de maconha era de pouco mais de 20% nos anos iniciais da pesquisa e hoje atinge a marca de 33% dos estudantes e o consumo de anfetaminas subiu de 5% para 6,70% dos jovens. Por outro lado, o uso da cocaína e do crack estão tendo uma diminuta queda. As intensas campanhas governamentais de combate ao uso do tabaco e do álcool estão surtindo algum efeito. Não é a destruição preconizada por muitos, mesmo porque os governos do mundo todo não vivem sem os impostos do tabaco e do álcool, mas há uma clara tendência de queda das denominadas drogas lícitas.
Desde os anos 1960 os hippies e demais usuários da maconha preconizam os benefícios do uso de droga calcados na quantidade de "substâncias químicas" no tabaco e na "limpeza" da maconha. O cigarro seria um produto cheio de "impurezas" colocadas junto com as folhas de tabaco e causariam danos à saúde do usuário. Já a maconha seria um produto "puro", tal como encontrado na natureza e que não ofereceria nenhum risco aos usuários. Esse debate varou décadas entre os jovens e não encontrou nenhum obstáculo a não ser o grito revoltado dos pais e as ações policiais ineficazes de apreensão das toneladas de maconha. A maconha venceu o tabaco: 33% x 22%.
No Brasil não há pesquisa similar de acompanhamento do uso das drogas. Em 2010 foi realizada a primeira e última pesquisa que constatou que 60% dos jovens eram usuários do álcool, 17% de cigarros, quase 6% da maconha e 2,5% da cocaína; LSD e ecstasy estavam no patamar de 1%. Nada sabemos do passado nem do presente dos brasileiros quanto ao uso de drogas lícitas e ilegais, mas não dá para acreditar que exista uma grande diferença dos norte-americanos.
Dinheiro raro e caro
Comprar dinheiro nos bancos está virando uma façanha muito cara. Todo o cenário econômico parece conspirar contra quem precisa comprar dinheiro. Não bastassem os aumentos de tarifas, a economia fraca, um horizonte nebuloso na taxa de empregos, e a inflação com perspectiva de alta que está corroendo as finanças das famílias. O mais recente aumento da Selic, para 12,25% ao ano, mantém o impulso do encarecimento do dinheiro. E pior, é provável que fique ainda mais caro ao longo dos próximos meses pois ainda faltam pelo menos dois "mísseis" para pousar em terras brasileiras - o aumento da energia e o freio que o banco central dos Estados Unidos (FED) colocará na impressão de dólares.
O cenário fica ainda mais difícil na esteira do reforço da artilharia anticonsumo pelo governo, que elevou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos às pessoas físicas, de 1,5% para 3%.
As más notícias para os empréstimos ao consumidor: não param nas altas de imposto, da Selic e do cenário nada amigável. A Caixa Econômica Federal anunciou um aumento nos juros do financiamento habitacional, que leva a taxa de volta à casa dos dois dígitos para imóveis com valores fora dos parâmetros do SFH, ou seja, acima de R$750 mil.
Terras de fronteira passam a ser aceitas como garantia pelos bancos estrangeiros
Os bancos estrangeiros não precisam mais de autorização do Conselho de Segurança Nacional para aceitar terras em área de fronteira como garantia. A desburocratização do processo para a venda de dinheiro por esses bancos veio com a edição da Lei 13.097. Era uma demanda antiga dessas instituições financeiras e de muitos fazendeiros.
O processo era moroso e, na prática, inviabilizava os negócios entre as partes. Em verdade, não havia uma proibição mas sim uma demora que impedia o trâmite da venda de dinheiro bem como um encarecimento desnecessário para obter tal liberação. Enfim, uma burocracia que vai para o ralo em um país que cria dezenas delas por dia.
As vendas nos supermercados subiram apenas 2% em 2014
As vendas reais do setor supermercadista subiram 2% em 2014 em relação ao ano anterior. O índice foi deflacionado pelo IPCA. Em valores nominais, a alta foi de 8%. Com base nesse índice, o setor registrou a mais baixa taxa de expansão em oito anos. Para 2015 estão prevendo o mesmo índice de 2% para o crescimento das vendas nos supermercados brasileiros. Mas, vale lembrar que os dirigentes previam uma alta de 3% para 2014. Segundo a entidade nacional dos supermercadistas - Abras - apesar do índice mais fraco, o dado é visto como positivo em relação ao desempenho geral da economia. O que os mantém com uma visão otimista é a expectativa de que a taxa de emprego não deverá ser afetada no ano e de que a massa salarial não cairá. O otimismo também está ancorado porque o setor de alimentos e bebidas são independentes de crédito.