Manifestação canina contra os fogos de artifício
Os petardos são os grandes inimigos dos cães nas festas de Ano Novo. Costumam provocar episódios de ansiedade e estresse, já que sua sensibilidade auditiva pode chegar a mil vezes maior que a dos humanos. Há um vídeo na internet que aconselha envolver os cachorros com um pedaço de pano para que não sofram com a pirotecnia. Todos os veterinários consultados - sem exceção - que essa técnica, denominada "Método Tellington" - não serve para nada. Não há nenhuma base científica que apoie essa ideia.
Muitas pessoas têm medo do fogos de fim-de-ano, sem que tenham tido uma má experiência com eles. Com os cães ocorre algo similar, mas multiplicado por mil. Todos os sentidos dos animais estão preparados para receber uma quantidade determinada de informações. Quando são sobrepassadas, vem a dor. Há casos extremos de cãezinhos que começam a se morder tanto que pode chegar até o osso. Podem debater-se contra a parede em sinal de desespero, mas o mais comum é a fuga em disparada para algum lugar que considerem seguro. O instinto de sobrevivência causa esse pico de estresse perante o som de um petardo. Deixam de pensar, simplesmente atuam, escondem-se. Esse é um mecanismo ancestral que garantiu a sobrevivência dos cães durante milhares de anos.
Há pouco a fazer para minorar o medo e a dor dos cães nesta noite. Ficar acariciando o cachorro nesse momento não o ajudará a se ajustar ao barulho. Deixe que ele se esconda onde bem entender. O som da TV pode ajudar a abafar o barulho dos fogos. Mantenha a calma e projete essa confiança para o cachorro. Tente colocar um pedaço de algodão nos ouvidos do cão para atenuar a intensidade do barulho. Confira se o portão da casa está fechado para que ele não fuja. Em casos extremos, o veterinário pode prescrever um tranquilizante.
Os cães ajudaram a sobrevivência da humanidade.
Os cientista continuam tratando de compreender quando e como, há milhares de anos, começou a relação dos humanos com os cachorros. Algumas gravuras descobertas recentemente na Arábia Saudita, mostram homens e cães caçando juntos. Controlados com correias, ajudam a compreender algo muito mais importante: foram os primeiros animais que domesticamos. Sem eles, nossa sobrevivência seria muito mais complicada, talvez impossível.
Os trabalhos sobre a origem dos cães se baseiam em análises de DNA, especialmente de cães que viveram na Ásia. Algumas hipóteses datam seu desvinculamento dos lobos desde há 33 mil anos. Todavia, a domesticação é bem mais "jovem". Agora foi ampliada para 8 a 9 mil anos com os desenhos encontrados na Arábia Saudita. Também há uma nova tendência nas pesquisas caninas: foram eles que nos domesticaram e não o inverso. Foram eles que se acercaram dos acampamentos humanos em busca de comida e convenceram os humanos de sua parceria.
Essas gravações de Shuwaymis e Jubbah, no noroeste da Arábia Saudita representam um grande avanço: são as imagens mais antigas da relação dos cães com os humanos. No total aparecem 350 gravuras. Em várias é possível identificar com toda clareza os cães acompanhando os homens em suas caçadas, algumas vezes sujeitados com correias.
O HYGGE dos dinamarqueses para aprender a desfrutar das pequenas coisas.
Não é a primeira vez que escutamos que a felicidade está nas pequenas coisas. Mas o que o HYGGE dinamarquês vem a dizer-nos é que também temos de aprender a buscar as pequenas coisas e tirar o melhor proveito possível.
A Dinamarca vem encabeçando a lista dos países com a população mais feliz do mundo por anos consecutivos e, apesar dessa façanha, não se cansa de procurar aprender algo mais com outros povos. Quanto à tradução da palavra HYGGE, não existe uma única tradução, mas está ligada aos conceitos da "arte de criar intimidade", " o prazer da presença de coisas reconfortantes", e um conceito singelo que é um dos favoritos dos dinamarqueses: " o prazer de tomar um copo de chocolate à luz de velas". Eles também explicam o HYGGE com mais palavras como sendo " uma filosofia de vida em que buscam desfrutar de momentos com amigos próximos e familiares em um jantar tranquilo , mas também de momentos de solidão, como sentar-nos em volta do fogo com um copo de chocolate, ou com algo ainda mais simples como vestir roupa seca e quente ao chegar em casa depois de uma tormenta".
Não se trata só de pequenas coisas, e sim de fixar em pequenos detalhes, que podem dar um toque diferente ao ambiente para desfrutar ainda mais de uma experiência. E, sobretudo, para sentirmos, estando em qualquer lugar, com a sensação quente e prazerosa do lar. É que, precisamente, a sede do HYGGE, é o lar, o lugar onde nos sentimos seguros, baixamos a guarda, relaxamos e limitamos nossos níveis de ansiedade.
Mas para instalar a filosofia HYGGE não adianta comprar móveis nórdicos, e sim criar um certo ambiente. Ter velas, coisas feitas de madeira, livros e um toque da natureza, desde plantas, folhas secas ou ramos de decoração, até objetos com motivos animais. Como complemento, algo que recorde nossa infância. Desfrutar do aqui e agora com ações simples. Igualmente, tentar desfrutar da presença dos demais com harmonia. Coisas tão óbvias, mas, ao mesmo tempo que tendem a ser complicadas, como desfrutar de pouco de chocolate ou de um doce com prazer, mas sem nos culparmos pelo quilo a mais. E, sobretudo, priorizar a comodidade, sentir que aquele momento é para relaxar, e nada mais.