Medo de recessão global afunda os preços de matérias-primas
Os preços dos metais industriais começam a mostrar sinais inquietantes que apontam a uma recessão global. Neste ano, a cotização do alumínio despencou 13%, a do cobre 17% e das barras de aço 18%. Zinco, estanho e chumbo também tiveram quedas importantes. São claros indicadores de que a demanda começou a enfraquecer. A esses processos, se somam outros materiais originários do campo. É o caso das pranchas de madeira, usadas na construção civil, neste ano, foram depreciadas em 52%. O da polpa de celulose caiu 7% e o óleo de algodão 8%.
E o petróleo, quando cairá?
Os especialistas do City consideram que ocorrerá uma queda no preço do petróleo, desde os atuais US$ 113 que está cotizado chegando a US$ 60 no final do ano. E vão além. Afirmam que o petróleo continuará baixando até os US$ 45 em 2023. A estimativa está baseada na ausência de intervenção dos países membros da OPEP+ e no descenso em investimentos no petróleo.
Contêiner em queda.
O Freightos Baltic Índex mede as tarifas globais de transporte de containers. É uma maneira precisa de medir os rumos da economia mundial. Depois de chegar a um recorde em setembro passado, começou um lento declínio. Neste ano, os preços dos fretes caíram 30%, refletindo uma economia à beira da recessão.
China, sempre a China.
Ontem, um informe do banco norte-americano Goldman Sachs revisou para baixo suas previsões do preço do ferro. A análise dos mercados em geral é de que os problemas chineses para desembaraçar-se completamente da covid acabarão reduzindo os preços de todas as mercadorias, sejam industriais ou originárias do campo.