Mercado imobiliário: nova bolha ou esfriamento?
A crise provocada pelo coronavírus e a queda econômica mundial está levando os mercados imobiliários a uma situação semelhante à uma bolha que deu início à grande recessão de 2008. Quem afirma é uma análise da companhia financeira Bloomberg. O informe dessa empresa afirma: "o extraordinário estímulo que ajudou a colocar em pé a economia global também está criando um novo problema: as bolhas imobiliárias".
Cinco variáveis de risco.
O estudo analisa cinco variáveis de risco: a relação entre preço e renda, a relação entre preço e ingressos, o crescimento real de preços, o crescimento nominal de preços e o crescimento do crédito em termos anuais para prever a possibilidade de explodir uma nova bolha.
Coquetel de ingredientes.
Bloomberb disparou o sinal de alarme mundial. Diz que a intensidade de vendas de imóveis nunca foi vista, nem mesmo em 2008. Também cita que há um coquetel de ingredientes para explodir o mercado imobiliário a começar pela expectativa de uma recuperação robusta da economia mundial. A esse ingrediente se acrescentam a procura por residências com mais espaço e bancos que estão facilitando o crédito para aquisição de imóveis.
Esfriamento ou colapso?
Mas esse informe diz que temos de evitar cair no fatalismo. "Ainda que a métrica de riscos cresce, há razões para esperar que o período futuro se caracterize mais por um esfriamento que por um colapso", pondera a provável crise. E ainda afirma que a chave para definir o boom da bolha ou esfriamento aparecerá com maior clareza quando começarem a subir os preços. Cuidado, a Bloomberg raramente erra suas previsões.