Musk e fakenews: é melhor corrigir do que censurar
Elon Musk teve uma boa ideia. Quem afirma é um estudo publicado no "Journal Information Systems Research". O motivo do elogio dessa turma que combate fakenews deve-se ao "Community Notes" (notas comunitárias) criadas pelo X (antes Twitter). Elas foram desenhadas para combater a desinformação, e provaram ser mais efetivas que a censura em prevenir a propagação de notícias falsas, de acordo com a turma do "Journal Information".
A Universidade de Purdue, nos EUA, corrobora a turma do Journal.
A análise do Journal Information System Research está baseada em 1.468 artigos jornalísticos que difundem informação falsa acerca de temas relacionados com a saúde. A conclusão é que a política adotada pelo X consegue reduzir a difusão de notícias falsas. Isso é feito com postagens, que incluem links mostrando que há mentiras, tem menos probabilidade de serem retuitados, citados ou comentados. Não é uma Brastemp, mas funciona melhor que a inaceitável censura. A crítica que pode ser feita, é que essa política de linkar com páginas que mostrem a mentira, não inibem a ação malfadada dos "bots", a replicação de milhares de vezes de uma mentira feita por um algoritmo. A Universidade de Purdue, nos EUA, analisou a política do X e também chegou à conclusão similar.
Como funciona a Community Notes.
É um mecanismo através do qual os usuários podem escrever notas em tuítes específicos para proporcionar contexto adicional, assinalar erros ou destacar informação verificada que contradiz o conteúdo da publicação. Outras pessoas podem valorar essas notas em termos de sua utilidade ou precisão. Os usuários votam se a nota é útil ou não. E estes votos determinam a visibilidade da correção. Segundo X, é um mecanismo que busca fomentar o ambiente de transparência e colaboração, onde a comunidade joga um papel ativo na moderação do conteúdo.
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