Nervos e dor, mistérios inexplicados
A dor é uma coisa estranha e incômoda. Nada na vida é mais necessário que a dor, Mas também, é menos bem-vindo. É um dos motivos de maior preocupação e perplexidade para o humano é um dos problemas mais desafiadores para a ciência, de vez em quando, a dor protege quando levamos um choque ou pisamos na areia quente. Sem duvida, pode ser uma coisa boa. Mas muitas vezes - para mais de 40% das pessoas, segundo um cálculo - a dor simplesmente continua, sem nenhum propósito aparente.
Paradoxos da dor.
A dor é cheia de paradoxos. Quando você entra em uma banheira muito quente, pode sentir uma sensação de dor deliciosa. Por vezes, ela é inexplicável. Uma das aflições mais severas que existem é a chamada dor do membro fantasma, quando a pessoa sente latejar a parte do corpo perdida em um acidente ou amputação. É estranho que uma das piores dores enfrentadas pelo humano possa ocorrer em uma parte de nós que não está mais lá. É essa dor fantasma pode continuar por toda a vida. Ninguém sabe por quê.
Nevralgia do trigêmeo, a dor que rivaliza com a do membro fantasma.
Se há uma dor que rivaliza com a do membro fantasma é a nevralgia do trigêmeo, principal nervo craniano. O problema está associado a uma dor abrupta e lancinante no rosto - como um "choque elétrico", explicava um professor. Com frequência há uma causa clara - como um rumor pressionando esse nervo - mas nem sempre. As vítimas sofrem episódios periódicos, que começam e terminam de repente - sem aviso. As pontadas costumam cessar por dias ou sem as antes de voltar. E ainda mais estranho, com o tempo, pode passar para o outro lado do rosto. Ninguém conseguiu explicar como muda de lugar ou o que as leva a ir e vir.
Como funciona a dor? Um mistério.
De que maneira exatamente a dor funciona? Como já deduziram, permanece um mistério. Não há um centro de dor no cérebro. Não há um lugar onde os sinais de dor se juntam. Qualquer pensamento precisa passar pelo hipocampo para se tornar memória, mas a dor pode aflorar em praticamente qualquer parte do cérebro. Dê uma topada no dedão e a sensação se manifestará em um conjunto de regiões cerebrais. E ainda mais estranho: dê uma martelada no dedão e a dor se manifestará em outras regiões do cérebro. E para complicar ainda mais: repita as duas (péssimas) experiências. Os padrões de dor possivelmente tornarão a mudar. E a ultima estranheza: o cérebro em si não possui receptores de dor, mas é nele que a sentimos. A dor só acontece quando o cérebro a percebe. Ela pode ter começado no dedão, mas o "ai" é produzido no cérebro.