Notícias: o que o brasileiro lê e onde
O Instituto Reuters acaba de publicar seu informe de 2022 sobre o consumo de notícias. Foram mais de 93.000 entrevistados. Mais da metade - 54% - afirmam que evitam as notícias constantemente ou as vezes. Se trata da terceira cifra mais alta nos 46 países onde realizaram os estudos. O dado "parece refletir uma fadiga de más notícias", diz a Reuters. A inflação e a pandemia seguem sendo assuntos proeminentes nos meios de comunicação. Também mostra números desairosos para jornalistas. Este é um país onde morreram pelo menos 303 jornalistas. É a maior quantidade entre os países pesquisados. Inaceitável, jornalista é uma profissão perigosa no Brasil.
A força das redes sociais.
Quase dois terços dos brasileiros - 64% - se informam também pelas redes sociais. Facebook perdeu terreno e foi superado pelo YouTube. Também há um forte incremento nas redes visuais mais novas. Instagram e Tik Tok estão em curva ascendente. O WhatsApp detém nada menos de 41% dos debates, seguido de longe pelo Telegram, com 9%.
dinheiro continua indo para a televisão.
Os gastos com notícias continuam sendo dominados pelas redes de televisões. Mas a parte da "torta publicitária que a televisão aberta leva diminuiu de 51,9% para 45,4% entre 2020 e 2021", diz a Reuters. As revistas perderam quase um terço de leitores é uma das mais vendidas no país, a "Época", pertencente ao conglomerado Globo, pôs fim à sua edição impressa depois de 23 anos.
Jornal digital avança velozmente.
Ano após ano, os jornais impressos vão desaparecendo. Os espaços das notícias jornalísticas vem sendo ocupado pelos jornais digitais. Estava em quase 60% em 2020, subiu para 67% em 2021. Os impressos detém a diminuta percentagem de 12%.
Onde leem as notícias.
A ascensão dos celulares no Brasil é uma das maiores no mundo. Há mais celulares que pessoas no Brasil. Eles ocupam o invejável percentual de 75% de onde o brasileiro lê notícias. De 2013 para 2022, o computador caiu de 80% para 24%. Já os tablets, mantém a mesma posição de sempre: 8%.
Principais redes sociais e aplicativos.