Novo medicamento contra a enxaqueca mais eficaz
A enxaqueca - do árabe ax-xaquica, "meia cabeça" -, é uma enfermidade que tem como sintoma a dor de cabeça, pulsátil, unilateral, sensibilidade à luz e aos sons, usualmente muito intensa e incapacitante para quem a sofre.
A FDA - Administração de Alimentos e Medicamentos -, dos Estados Unidos, anunciou no passado 17 de maio a aprovação de um novo tratamento para a enxaqueca. Foi denominado "Aimovig". É o primeiro de uma nova classe de medicamentos específicos para este tipo de dor de cabeça. O Aimovig atua bloqueando a ação de uma proteína que aumenta durante os ataques de dor.
A enxaqueca - geralmente - é familiar. Em torno de 90% das pessoas que padecem dessa dor lancinante, tem parentes próximos com essa doença. Afeta a um em cada sete pessoas. E é três vezes mais comum em mulheres que em homens. No "Global Burden of Deseases", a enxaqueca está catalogada como a sexta enfermidade mais inabilitante. E, entre as desordens neurológicas, é a segunda, só fica atrás dos infartos.
Os ataques de enxaqueca podem ser tratados com analgésicos comuns como a apirina. Mas eles não podem ser usados em excesso porque agravam a dor.
Quando os analgésicos comuns não são efetivos, há outros chamados triptanos, que podem ser muito melhores. Se trata dos primeiros fármacos, desenvolvidos na década de 80, especificamente para essa doença. Os triptanos não são analgésicos, atuam nos receptores de serotonina que tem um papel no desenvolvimento da enxaqueca. Seu uso excessivo também causa dor de cabeça como os analgésicos comuns. E mais perigosos, causam espasmos nos vasos sanguíneos. Por isso, as pessoas que tiveram ataques do coração, infartos ou enfermidades vasculares periféricas, não devem tomá-lo.
A nova medicação aprovada nos EUA, Aimovig, foi desenhada como se fosse um anticorpo e deve ser injetada na pele uma vez por mês com um aplicador que tem uma agulha escondida. Até agora, os ensaios mostraram que praticamente não apresenta efeitos secundários. A aplicação mensal é, sem dúvida, uma imensa vantagem em comparação com os tratamentos diários. E esse medicamento também atua mais rapidamente. Os efeitos se notam desde a primeira injeção.
Uma nova técnica resolve o problema do desgaste do esmalte dental.
Quando um paciente vai ao dentista queixando-se de dor, por exemplo ao tomar bebidas frias, têm hipersensibilidade dentária. Isso se deve ao desgaste do esmalte que recobre os dentes. Esse desgaste deixa a descoberto pequenas terminações nervosas do dente que fazem de qualquer bebida - quente ou fria - um sofrimento. A técnica odontológica atual é aplicar uma espécie de verniz que recobre o dente para reduzir a dor, mas não é muito resistente nem duradouro. Segundo os cientista, mais da metade da população mundial sofre de desgaste do esmalte dentário. Com o novo tratamento, criado pela Queen Mary University, de Londres, aplicam sobre os dentes uma camada de proteína que, ao entrar em contato com a saliva, forma uma fina cobertura de esmalte artificial muito mais dura e duradoura que o verniz.
O mais duro tecido de nosso corpo é o esmalte dentário. Têm 97% de um mineral denominado hidroxiapatita. Por ser quase todo mineral, permite aos dentes resistir aos elementos duros, ácidos ou quentes que entram na boca. Mas essa composição excessivamente mineral, inorgânica, também determina que uma vez desgastado, não há forma de recuperá-lo. A equipe de bioengenheiros de Londres desenvolveu uma técnica sumamente fácil para sintetizar materiais orgânicos e minerais - cristais. Dissolvem uma matriz de proteínas em uma solução de fosfato de cálcio, presente de forma natural na saliva humana. Essa interação faz com que cresçam espontaneamente sobre as proteínas, minerais de apatita ou de hidroxiapatita, inclusive em dentes parcialmente quebrados. Há, ainda, outra imensa vantagem sobre o verniz: o esmalte sintético têm a capacidade de auto-regeneração em caso de desgaste. E é extremamente fácil de ser aplicado.
A equipe de cientistas londrinos, após a criação do esmalte sintético, começou as provas para desenvolver tratamentos em quaisquer ossos de nosso corpo. Estão gerando um osso sintético.
Testes para prever se ocorrerá metástase e se precisa de quimioterapia.
Uma empresa de capital espanhol e norte americano - "Biomedica Molecular Medicine" - lançará brevemente no mercado testes individuais para verificar se um paciente com câncer terá de se submeter à quimioterapia ou qual medicamento terá de lhe ser administrado. Os testes também podem prever se ocorrerá metástase, a passagem de um tumor de um órgão para outro. Eles jogam luz na resposta concreta de cada paciente. Inclusive entre pacientes com o mesmo tipo de câncer no mesmo estágio, é possível que alguns necessitem de quimioterapia e outros, não. Assim, o médico pode seguir a quem apresente algum risco de metástase e evita fazer provas extras em pacientes que não estão nessa situação. Funciona como se fosse um antibiograma para o câncer, para verificar quais os medicamentos ativos contra o câncer. Dizem se uma pessoa não responderá à quimioterapia e evitar assim os efeitos secundários desagradáveis e desnecessários e que gastam dinheiro desnecessariamente. Entre um a dois meses o lançamento se dará nos Estados Unidos e na Espanha.