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Em Pauta

O aborto entre os guaicurus e o excesso de amor

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 23/06/2024 07:45
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As mulheres guaicurus são descritas como envelhecidas muito cedo. Enrugadas, passados os trinta anos. Cobriam-se rigorosamente, ao contrário dos homens que andavam nus. O corpo era todo envolto por panos de algodão da cor do vinho, com listas brancas, negras e roxas. Apreciavam muito os ornamentos, especialmente os feitos de conchinhas seguras por uma linha, formando um colar. Sob o manto ainda usavam uma tanga. E isto desde o berço. Eram todas como recatadas pelos brancos.


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Raspavam parte dos cabelos.

O corte dos cabelos, no entanto, são descritos como extremamente feios. Raspavam a cabeça deixando uma pequena parte de trás coberta de cabelos. Pelo fato de sempre andarem a cavalo, tinham pés tidos como "mimosos e delicados". Eram geralmente ternas e "compassivas", e propensas à criação de animais domésticos. Também tinham grande gosto pela tecelagem.


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O aborto horrorizava os brancos.

Uma "instituição" reinava entre os guaicurus que causava horror aos europeus desde que os conheceram: o aborto. Não era um costume privativo, mas era relativamente raro entre indígenas brasileiros. Só estava em uso, conforme os livros, entre diversas tribos paraguaias e as dos pampas.


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Excesso de amor.

Atribuíam a prática do aborto ao excesso de amor das guaicurus a seus maridos. Não desejavam a gravidez porque estas  interrompiam as relações conjugais, segundo seus costumes. Tinham excessivo desvelo em agradar seus esposos. Praticavam o aborto somente até os trinta anos de idade. Nunca depois dessa idade. Todavia devido a essas práticas, desprovidas de qualquer conhecimento científico, ficavam pouco fecundas ou totalmente estéreis. Em um dos livros sobre a vida dos guaicurus, escrito por Rodrigues do Prado, conta que conheceu vinte e dois casais da elite guaicuru. Só um desses pares tinha prole, e esta reduzida a uma única filha.
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