O ano eleitoral determinará a redução nos combustíveis
Ainda que driblem a legislação, estamos em plena campanha eleitoral. É ela que determina nosso cotidiano, ainda que não seja clara. Até o momento, tudo indica que a solução para os elevados preços dos combustíveis será uma "água com açúcar ", um "me engana que eu gosto".
Falta articulação no governo e crise na Ucrânia.
Existem algumas razões para apostar na solução água com açúcar. A primeira delas é a conhecida falta de articulação do governo. A ala política, que chegou a apoiar uma PEC que propunha a desoneração para todos os combustíveis, passou a trabalhar com a ideia de que é melhor ganhar tempo. De acordo com essa avaliação, haverá arrefecimento no conflito da Ucrânia. Isso já está levando à redução do dólar. O reflexo para o bolso do consumidor de combustíveis brasileiro pode ser maior que a eventual aprovação de alguma medida de Brasília. É a grande aposta.
Guedes contra petista.
A equipe do ministro Paulo Guedes chegou a abrir negociações com o senador petista Jean Paul Prates, do Rio Grande do Norte, relator da discussão. Mas Guedes não aceitou reduzir ou eliminar impostos federais, deseja apenas atingir o ICMS dos Estados.
PSD de Kassab, e família Trad, namora o PT.
Se política é feita de gestos, o avanço do texto do petista no Senado depende de uma decisão do PSD de Gilberto Kassab, o que tem a família Trad dominando no MS. Kassab está em namoro avançado com Lula. A bancada do PSD, a segunda mais numerosa do Senado, está em parafuso. Não sabe se agrada Bolsonaro ou a população. Uma ala do PSD quer votar a proposta petista e dividir os méritos eleitorais com Lula. A campanha eleitoral vai marcando o ritmo da vida dos brasileiros. Outra, pretende enrolar a população votando um texto que agrade Bolsonaro e não diminua significativamente os preços dos combustíveis.