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Em Pauta

O caso da jornalista e o covarde com o rabo entre as pernas

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 16/02/2025 07:30
O caso da jornalista e o covarde com o rabo entre as pernas

Quiçá o assassinato de Vanessa Ricarte fosse o último. Mas para que não fosse uma utopia, parcela significativa da população teria de se levantar. Haveria necessidade de manifestações gigantescas para que os covardes cessassem a matança. Vanessa teria de se tornar um símbolo contra a perversidade dos homens que tem o “rabo entre as pernas”. Essa a origem francesa da palavra “covardia”. Homens que tem medo, reagem como animais a suas fraquezas emocionais.


O caso da jornalista e o covarde com o rabo entre as pernas

Desde os tempos bíblicos.

A tipificação legal do feminicídio nas legislações ao redor do mundo, é fato recente. No entanto, desde a Bíblia, encontramos relatos de morte de mulheres. Com absoluta certeza, a matança desenfreada de mulheres ocorria antes da época em que a escreveram, mas é ela que nos mostra o primeiro feminicídio. Foi a tentativa de apedrejamento da mulher, episódio descrito no Evangelho de São João. Conta a Bíblia que Jesus está no Templo pregando, quando aparecem os escribas e os fariseus levando uma mulher que deveria receber a pena de morte devido a um adultério. Eles a colocam no meio da roda, entre Jesus e o povo. Jesus pergunta a opinião de todos, dizendo: “Quem for sem pecado, seja o primeiro a jogar a pedra”. Todos foram saindo. Não sobrou um sequer.


O caso da jornalista e o covarde com o rabo entre as pernas

Top 5 em feminicídio.

No ano de 2015 foi publicada a lei que introduziu o conceito de feminicídio no Código Penal brasileiro. O Brasil foi um dos últimos países a legislar sobre o tema, e, nomear o problema das mortes da mulheres por seus covardes-companheiros. Também, mas não só, devido a esse atraso legal, ocupamos a quinta posição no vergonhoso pódio dos covardes que matam aquelas que os amam.


O caso da jornalista e o covarde com o rabo entre as pernas

O teste do covarde.

Faça um teste simples. Diga, em uma roda de homens, que o assassino da Vanessa é, antes de tudo, um covarde. Homem algum aceita essa acusação pregada na testa. Envergonha profundamente. Não espere concordância. Verás a roda diminuir, até sumir. O feminicídio é próprio de nossa cultura, não há governo que o resolva. Pode apoiar um movimento que mostre que a matança de mulheres é intolerável, mas só a sociedade pode mostrar a repulsa e acabar com a covardia.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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