"O começo de toda guerra é como abrir um quarto escuro"
Mário Sérgio Lorenzetto | 28/02/2022 07:00
Sete palavras perigosas para quem escreve: "O mundo nunca mais será o mesmo". Mas é para lá que estamos indo agora. Nosso mundo não será mais o mesmo novamente porque esta guerra não tem paralelo histórico. Esta é a primeira guerra que está sendo coberta no Tik Tok e no Google. São indivíduos superpoderosos armados apenas com celulares. Todo e qualquer ato de brutalidade - a guerra sempre têm tais atos - está sendo documentado e transmitido em todo mundo. Sem editores ou filtros para censurá-los. O ato mais inusitado no primeiro dia dessa guerra foi enxergarmos tanques russos entrando na Ucrânia expostos pelos mapas do Google. O Google queria alertar os motoristas que estava havendo engarrafamento em várias estradas. Basta pesquisar na internet e sabemos tudo que está acontecendo agora, neste instante em qualquer ponto dos combates. Preocupação que a grande mídia brasileira não tem. Você nunca teve a oportunidade de ver uma guerra no instante que um tanque dispara contra um avião em um aeroporto. O mundo nunca mais será o mesmo.
O que está escondido no escuro?
Nunca pensei em usar uma ideia ou frase do monstro assassino chamado Adolf Hitler. Mas esse cruel assassino tinha razão quando dizia que: "O começo de toda guerra é como abrir a porta de um quarto escuro. Nunca se sabe o que está escondido na escuridão". Há um pensamento similar no Brasil quando tratamos de uma CPI no Congresso: "Sabemos como iniciará uma CPI, mas não sabemos como ela acabará". Os loucos abriram as portas do hospício chamado "Guerra". Os malucos estão governando o mundo. Já falam em colocar os dedos nos gatilhos das bombas nucleares.
Nunca pensei em usar uma ideia ou frase do monstro assassino chamado Adolf Hitler. Mas esse cruel assassino tinha razão quando dizia que: "O começo de toda guerra é como abrir a porta de um quarto escuro. Nunca se sabe o que está escondido na escuridão". Há um pensamento similar no Brasil quando tratamos de uma CPI no Congresso: "Sabemos como iniciará uma CPI, mas não sabemos como ela acabará". Os loucos abriram as portas do hospício chamado "Guerra". Os malucos estão governando o mundo. Já falam em colocar os dedos nos gatilhos das bombas nucleares.
Pra não dizer que não falei de grãos.
Mas se faz necessário falar dos efeitos dessa maldita guerra no comércio de grãos. O agricultor que segue esta coluna foi avisado - com duas semanas de antecedência - que haveria escassez de fertilizantes para suas lavouras. Tiveram tempo de comprar com preços baixos. Também avisamos das compras de grãos que a China vem fazendo na região da guerra. Os asiáticos tinham acabado de assinar enormes contratos com russos e ucranianos. A China já é o maior parceiro comercial da Ucrânia. Está comprando quase US$ 19 bilhões de cevada e milho dos ucranianos, um salto de 80% em relação a poucos anos atrás. Comprou quase toda a cevada ucraniana e cerca de 30% de todas as importações de milho da China no ano passado saíram de fazendas na Ucrânia. Qual o futuro desse comércio? Ninguém sabe e não há onde procurar saber. Pode aumentar drasticamente para pagar as gigantescas despesas da guerra ou pode ir a zero. Sei que há outra nova relação de gás entre a Rússia e a China. Também há de fertilizantes. Um segundo gasoduto conectando esses dois gigantescos países está sendo aberto. Há novíssimos contratos de exportação de milho e de trigo russos para a China. Preparem-se. O mundo nunca mais será o mesmo.
Mas se faz necessário falar dos efeitos dessa maldita guerra no comércio de grãos. O agricultor que segue esta coluna foi avisado - com duas semanas de antecedência - que haveria escassez de fertilizantes para suas lavouras. Tiveram tempo de comprar com preços baixos. Também avisamos das compras de grãos que a China vem fazendo na região da guerra. Os asiáticos tinham acabado de assinar enormes contratos com russos e ucranianos. A China já é o maior parceiro comercial da Ucrânia. Está comprando quase US$ 19 bilhões de cevada e milho dos ucranianos, um salto de 80% em relação a poucos anos atrás. Comprou quase toda a cevada ucraniana e cerca de 30% de todas as importações de milho da China no ano passado saíram de fazendas na Ucrânia. Qual o futuro desse comércio? Ninguém sabe e não há onde procurar saber. Pode aumentar drasticamente para pagar as gigantescas despesas da guerra ou pode ir a zero. Sei que há outra nova relação de gás entre a Rússia e a China. Também há de fertilizantes. Um segundo gasoduto conectando esses dois gigantescos países está sendo aberto. Há novíssimos contratos de exportação de milho e de trigo russos para a China. Preparem-se. O mundo nunca mais será o mesmo.