O crescimento da inflação asfixia o Ocidente
Alguns economistas gostam de dizer que a inflação é o imposto mais injusto: não necessita da aprovação de nenhum Congresso e afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis. Mas em termos geográficos, o aumento do custo de vida é tão global como a covid, pior ainda no Ocidente. Em grande parte, a escalada da inflação começou exatamente com a covid.
Quanto mais subsídios aos mais pobres, maior a inflação.
Esse seríssimo problema econômico começou com a covid, foi quando as transferências de dinheiro dos cofres governamentais para trabalhadores e setores mais frágeis disparou a demanda, fez crescer as compras. Logo a seguir, muitos países passaram por um grande recuo na produção de quase tudo. Isso limitou a oferta.
Acreditavam que iria passar rapidamente.
É bem verdade que todos os especialistas de bom senso esperavam a inflação. Não foi o caso brasileiro onde apareceu como uma "surpresa". Mas até o final do ano passado, autoridades dos bancos centrais das maiores economias ocidentais, como Jerome Powell, nos EUA, e Christine Lagarde, na Europa, asseguravam que essa escalada inflacionária era transitória. Não contavam com o "segundo tempo inflacionário", a guerra entre Ucrânia e Rússia. A guerra aprofundou esse fenômeno. E não há nada que inquiete mais que uma guerra que ninguém sabe quanto durará. Mas há algo preocupante, particularmente no Brasil, a regra universal de quanto mais subsídios governamentais para os mais pobres, maior é a inflação, não vem sendo respeitada pelos "gênios" de Brasília. Com esse show de incapacidade, podem apostar o quanto tiverem: a inflação continuará irrefreável pelo menos até meados do próximo ano. Não interessa quem será eleito. Feliz 2024!