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Em Pauta

O futurismo, a arte ligada ao fascismo, explode no mercado

Mário Sérgio Lorenzetto | 18/05/2021 07:00
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Gianni Agnelli, proprietário da Fiat, se enamorou perdidamente daquele quadro. "Velocittá astratta", pintada em 1913, encarnava perfeitamente o imaginário estético dessa grande indústria automobilística italiana e o motor econômico do país. O problema é que seu autor, Giacomo Balla, havia aproveitado a tela e pintado em seu reverso "A marcha sobre Roma", uma das manifestações fascistas. Esse recurso, de pintar os dois lados de uma tela, virou quase uma regra para os futuristas, o movimento artístico que foi obscurecida por sua conivência com o fascismo. Agnelli ocultou a tela durante décadas. Hoje, o futurismo saiu definitivamente do armário.


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O manifesto futurista.

Assim como existiu um manifesto cubista, ligado às esquerdas - proclamado por Pablo Picasso, Fernand Léger, Juan Gris e Georges Braque - a direita também teve seu movimento e manifesto. Mussolini amava as artes, ao contrário de outros autoritários, deu total liberdade a esse movimento. Esse manifesto dizia que conseguiria "libertar a Itália de sua cultura opressora". E continuava: "Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia da temeridade", rezava no primeiro ponto. "A coragem, a audácia e a rebeldia serão nossos elementos essenciais". "Nossa pintura e arte ressalta o movimento agressivo, a insônia febril, a corrida, o salto mortal, a bofetada e o murro". Convidava a viver depressa e violentamente. "O progresso não espera ninguém", diziam.


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A explosão das telas futuristas no mercado.

Desde a primeira grande mostra no museu Guggenheim, em 2014, o futurismo voltou a ocupar as paredes dos grandes museus europeus. Os passos seguintes , foram os leilões. Venderam uma tela de Balla por US$ 11,5 milhões, uma escultura de Boccioni por US$16 milhões, mas nesse primeiro momento, o recorde viria com uma tela de Severini, "Danseuse", foi vendida por US$ 29 milhões.


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Quando o verde-amarelismo no Brasil era esquerdista.

O Brasil não ficou atras nessa era de manifestos artísticos. Criou o Modernismo para que a população "tomasse consciência da realidade brasileira". No geral, eram esquerdistas ou próximos aos políticos comunistas e anarquistas. Eram nacionalistas. Procuravam valorizar o indígena. Mas a principal característica dos esquerdistas era o "verde-amarelismo", uma resposta ao nacionalismo afrancesado. Pregavam um nacionalismo puro, primitivo, sem qualquer tipo de influência. É interessante ver o verde-amarelismo esquerdista como símbolo maior da direita atual.

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