O Hospital Monte Sinai, de N.York, explica a vacina "brasileira"
Tambores. Cornetas. Muito barulho para anunciar a "vacina brasileira". Dória, aquele que não pode ver a luz de uma lanterna sem venerá-la, parecia que tinha encontrado a grande saída da pandemia. Foi além, garantiu prazo exíguo: em agosto, teríamos a "vacina brasileira". Tudo não passou de um sonho. A vacina não é brasileira e só a teremos entre novembro a dezembro. Mas, ainda com esses erros de marketing de principiante, muito afoito, essa vacina promete ocupar um espaço extremamente importante para o Brasil: é barata. Não podemos e não devemos continuar comprando caríssimas vacinas todos os anos.
A primeira vacina que qualquer país poderá fabricar.
O Hospital Monte Sinai promete que essa vacina será a primeira que qualquer país poderá fabricar sem ter de pagar por sua patente. Afirmam que essa é uma vacina que tem por base uma existente para frangos contra a enfermidade de Newcastle, que pode causar terríveis epidemias em granjas. Essa vacina, além de não pagar pela patente, é barata e demanda muita simplicidade no processo de fabricação.
Tailândia já começou os testes em humanos.
O hospital de N.York informa que os primeiros testes em humanos já teve início na Tailândia. Brasil, México e Vietnã se preparam para também testá-la em humanos. A Anvisa informa que faltam alguns documentos para liberá-la para a testagem humana no Brasil. Não deve demorar. Os norte-americanos, desse que é o maior e melhor hospital nova-iorquino, são muito organizados. Os quatro países - e todos os demais que desejarem - usarão ovos de galinha como biorreatores. É uma tecnologia muito acessível, já usada para a vacina da gripe.
Três medicamentos contra a covid-19 em fase três de testes.
O Monte Sinai está envolvido na criação de três medicamentos contra a covid-19, que serão comercializados brevemente. Afirma que os mais prometedores serão os administrados via oral. Os dois principais são os inibidores de polimerase da empresa Merck e os inibidores de protease da Roche. O terceiro, que não será administrado via oral, é a plitidepsina, voltado para pessoas de alto risco. Acreditam que essa plitidepsina será de amplo espectro, quer dizer, evitará infecções de vários vírus. O resultado mínimo esperado pelo Monte Sinai é uma combinação de tratamentos. Algo semelhante ao que vem sendo usado com sucesso no combate ao HIV : um coquetel desses medicamentos.