O precursor de Charles Darwin que virou santo
A história da evolução, para desconsolo de alguns religiosos, está abarrotada de pastores e de padres católicos. Calcula-se que mais de cem deles estiveram procurando fósseis e descobrindo ossadas de dinossauros. Um dos mais famosos, foi o protestante dinamarquês Niels Stensen, mais conhecido pelo nome latinizado de Nicolas Steno.
A revelação veio em um dente de tubarão.
Certo dia, Steno recebeu em seu escritório em Florença, um dente de tubarão incrustado em uma pedra. Ficou perplexo com a semelhança que esse dente tinha com uma “pedra” que estava em cima de sua mesa. Esse tipo de pedra, parecida com dentes de animais, eram chamadas “glossopetreas” e eram um mistério. Havia quem dissesse que eram pedras vindo da lua. Steno teve a ideia original: se parece com dente, então deve ser dente. Essa ideia o levou à pergunta: como pode dente de tubarão, que é sólido, parar dentro de uma rocha…. que também é sólida?
O Nescau explica.
Steno concluiu que as rochas surgem graças ao acúmulo e compactação de sedimentos sobre outras rochas. Isso acontece na água, dentro dos rios e nos mares, é o fenômeno chamado decantação. Bem fácil: é igual ao resto de Nescau, em um copo, que não dissolve e se acumula no seu fundo. E voilà, temos um pequenina rocha.
As voltas da vida de Steno.
Por volta de 1.671, Steno descobriu que amava mesmo era Deus. Chega de rocha. E chega, principalmente de Lutero. Largou a fé protestante e se converteu ao catolicismo. Como era bom em tudo que fazia, rapidamente virou bispo. Batia de porta em porta convertendo fiéis. Foi tanta dedicação que virou santo. O santo que foi um dos principais precursores de Charles Darwin.