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Em Pauta

O primeiro grande ataque dos que odeiam os outros (haters)

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 30/05/2024 08:45
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

Não importa quanto se divulgue ou se eduque na ciência, a ideia do cientista louco nunca desapareceu, e provavelmente nunca desaparecerá. Um dos que gozaram dessa fama foi o britânico Andrew Crosse, cujos experimentos com a eletricidade atemorizavam seus vizinhos até o ponto de que alguns viam nele um tipo de bruxo demoníaco.


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O senhor dos raios e trovões.

Em uma reunião política em sua cidade, sua intervenção foi acolhida com vaias e xingamentos. Um dos fazendeiros, presente nessa reunião, afirmou que Crosse era o "senhor dos raios e trovões", e que não podia passar perto de sua casa maldita durante a noite para não correr risco de vida. E completou dizendo que havia visto demônios envoltos em relâmpagos, dançando nos cabos que Crosse havia fincado em sua fazenda. Após essa reunião, a relação de Crosse com seus vizinhos se tornou inviável. Passaram a lhe atormentar com muita cartas xingando e colocando em risco sua vida. Foi o primeiro grande ataque "hater" da história que um cientista sofreu.


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As experiências de Crosse.

Crosse era um jovem herdeiro de fortuna que estudava direito e abandonou a faculdade para se dedicar aos estudos da eletricidade. Em sua fazenda. Chegou a estender dois quilômetros de cabos de cobre entre postes fincados nas árvores mais altas, conectemos a duas grandes bolas de metal, uma localizado fora e outra dentro de sua sala de música. Esses cabos estavam conectados a cinco garrafas de Leyden, os primeiros condensadores e a duas mil pilhas. Mas o que levou Crosse à história foram seus experimentos com insetos. Crosse estimulava insetos mortos a "espernear", tal como as atuais aulas de ciências fazem com sapos e rãs.


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Inspirou "Frankenstein"?

Dessas pesquisas surgiu a dúvida se Mary Shelley, a autora de "Frankenstein", tirou a ideia de que era possível ressuscitar um homem morto usando a eletricidade. Essa dúvida não foi, até hoje, esclarecida devidamente, mesmo todos sabendo que a escritora estava na plateia em uma palestra proferida por Crosse sobre essa ideia.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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