Olavo de Carvalho era um mero agitador. Os pensadores da direita
Este é um país que se esmera em copiar, nunca em criar. Não há originalidade alguma nos livretos de Olavo de Carvalho. Tal como os monges copistas medievais, copiava pensadores de renome internacional. Não há originalidade alguma no autor predileto da direita brasileira. São escritos lavrados para não pensar. Recentemente, trinta especialistas europeus, entre políticos, jornalistas, editores e acadêmicos, escolheram os pensadores mais influentes da direita atual.
Por ordem de influência atual.
Qualquer pessoa minimamente informada sabe que Adam Smith é o adversário mais importante do marxismo. Tão importante que não cabe em nenhuma lista. Os nomes resultantes, por ordem de importância, são estes: Friedrich Hayek, Edmund Burke, Carl Schmitt, Alexis de Tocqueville, Roger Scruton, Michael Oakeshott, José Ortega e Gasset, Ayn Rand, Raymond Aron e Alain de Benoist.
Nunca Schmitt, sempre Tocqueville.
Schmitt foi ativista nazi de 1.933 a 1.936. Nada do que está acontecendo no mundo ocidental pode ser entendido sem esse autor alemão. Sobretudo, se tratamos de analisar os motivos da direita sofrer um impulso extremista em sua psique que a leva a movimentos furiosos. É em Schmitt que está a não aceitação de qualquer tipo de consenso ou pacto. Sua obra explica a polarização amigo-inimigo. No outro lado, há Tocqueville. Poucos clássicos são tão contemporâneos. Seu prognóstico das sociedades democráticas é o melhor diagnóstico do presente. Seus vaticínios sobre o sentido da história, o conservam como um dos mais influentes pensadores da história. Escreveu pensando no tempo em que escorria sangue nas ruas da revolução francesa e do período napoleônico. Estudou como edificar uma democracia em liberdade, sem a tutela da guilhotina e do sabre. É o único a conciliar herança e liberdade. Um grande pensador do conservadorismo na democracia.
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