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Em Pauta

Política, a menos qualificada das atividades humanas?

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/05/2016 08:10
Política, a menos qualificada das atividades humanas?

Não há um só pensador respeitável que afirme o contrário, para todos, a política é a mais qualificada das atividades humanas. Ela exige não só destreza mental, mas uma gama de conhecimentos e capacidades de relações que a torna exemplar para os cidadãos. Há anos, essa afirmação taxativa foi invertida no Brasil. A política tornou-se a atividade dos menos qualificados.
Felizmente, parece que depois do desastre em que jogou o país e, ao mesmo tempo Campo Grande, e da desgraça a que estamos submetendo onze milhões de desempregados, redescobriu-se que os governos de coalizão necessitam de uma união de partidos majoritários em torno de um programa comum. A política não pode ser submetida ao aparelhamento da administração pública com apaziguados e cabos eleitorais dos partidos de amigos. Foi isso que transformou a política na menos qualificada das atividades humanas.

Política, a menos qualificada das atividades humanas?

Palavras que faltam em português: "olfrygt" e "umjayanipxitütuwa".

Sabe aquela história de que a palavra "saudade" só existe em português? É por ai que o inglês Adam Boinod criou o interessantíssimo "Tingo - O irresistível almanaque das palavras que a gente não tem". Ele serve de dicionário para termos únicos nas mais variadas línguas. Há uma gama imensa de palavras que nos fazem falta, outras que não nos interessam, e tantas ainda que não desejaríamos que existissem em nossa língua. Cada povo, cada cultura, inventa ou mata palavras ao sabor das circunstâncias.
"Olfrygt" , em dinamarquês, significa "medo de faltar cerveja". Não temos uma palavra como essa. Temos de escrever e falar muitas palavras para expressar esse temor. Faz falta. Como também nos falta "umjayanipxitütuwa", que, em aimará (falado no Peru e na Bolívia), significa " eles é que me fizeram beber", aquela desculpinha fajuta que muitos utilizam. Mas há o inverso - as palavras que não nos fazem falta. "Koro", em japonês é o medo de que o próprio pênis esteja encolhendo. "Vomitarium", em latim, é a "sala onde o convidado bêbado vomita". "Nakhur", em persa, é "uma camela que não dá leite enquanto não fazem cócegas em suas narinas". Mas há palavras que refletem belos e poéticos sentimentos. "Gumusservi", em turco, define "o luar a brilhar nas águas". Outras fazem cócegas no cérebro. "Plimpplampleterem", em holandês, é a "habilidade de atirar uma pedra no rio e fazer com que ela ricocheteie na superfície o maior número de vezes". "Gigil", em filipino, versa sobre a "compulsão de beliscar algo, ou alguém, que seja muito fofo". Só há duas palavras em português que não se podem usar: uma é "sempre", outra é "nunca".

Política, a menos qualificada das atividades humanas?

Terrorismo e lavagem de dinheiro mataram a nota de 500 euros.

O Banco Central Europeu anunciaram a morte lenta da nota de 500 euros. Está previsto que a emissão da nota termine antes do final de 2018. As que hoje existem e aquelas que ainda serão impressas continuarão sendo utilizadas normalmente - não existirá prazo para a perda de valor. Em seu lugar entrarão notas de 100 e de 200 de uma nova série que será denominada "Europa". Em suma, são decisões carregadas de alto simbolismo e nenhuma eficiência. Os fatos determinantes da "morte" das notas de 500 euros foram os constantes ataques terroristas que abateram a Europa e os escândalos de lavagem de dinheiro. Em tese, as notas de 500 euros facilitariam tais atividades criminosas. Tese nunca comprovada e sem indício algum. É meio piada de português, a culpa do terrorismo e da lavagem de dinheiro é das notas de euros. Na Europa, a morte lenta das notas está ocasionando muito barulho. Muito barulho para nada.

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