Projeto Tartaruga: papo fiado e celular travam a obra
A ideia que começa a ser formada pode estar incorreta, mas é possível que existam ordens para que as obras da 14 de julho andem a passo de tartaruga. Esse é um antigo esquema que conduz à obrigatoriedade de aumento de preços com a desculpa de que o aumento do número de funcionários e a escassez de prazos tornaram as obras muito mais caras. Dentro de pouco tempo saberemos a verdade, basta aguardarmos o já pleiteado reajuste.
Quarta-feira, 10 de abril de 2019, às 14:30 horas.
Um funcionário escrevendo no celular comandava o Bobcat, pequeno trator para serviços variados, muito utilizado em obras de pavimentação. Dois outros, quase ao lado da máquina, conversavam dando risadas. Outros quatro, na calçada, também conversavam animadamente. Todos estavam "trabalhando" nas obras da 14 de julho, quase na esquina com a XVI de novembro. Bem mais à frente, quase no cruzamento da Afonso Pena, dois funcionários varriam o chão lentamente. Não há obra que avance a esse ritmo. Quase 90% dos funcionários estava conversando fiado ou teclando no celular.
Quarta-feira, 24 de abril, às 17:30 horas.
A empresa encarregada das obras da 14 de julho concertavam os dois lados da rua adjacente à praça. Ainda que o longo feriado obrigou a interrupção das obras, foram exatamente duas semanas para chegar a esse estágio.
Aproximadamente 20 funcionários da empresa estavam nesse local. Muitos contemplando o trabalho de quatro deles. Eram vinte funcionários para concretar 10 metros quadrados de pista. A continuar nesse passo de tartaruga cansada, quantos anos aguardaremos pelo término dessa obra que tantos transtornos traz a motoristas, comerciantes e pedestres? Ou serão décadas?
Esse é o relatório, senhor prefeito. Outros virão, caso necessário. Não há denúncia nem denuncismo. Apenas consternação e chateação com as dificuldades constantes de transitar por essa região. A prefeitura tem fiscais?