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Em Pauta

Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado

Mário Sérgio Lorenzetto | 31/12/2014 08:05
Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado

A nomeação para a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas engendrada por alguns deputados foi parar na Justiça. No momento, restam apenas duas hipóteses e dois candidatos. A primeira, tida como a mais difícil pelos advogados, é a da nomeação ainda que não definitiva do deputado estadual Antonio Carlos Arroyo. Essa hipótese parte do pressuposto que a caneta dos novos governantes não participará do processo. A alternativa é da decisão judicial em prol do pleito da maioria dos Conselheiros do Tribunal de Contas pelo indeferimento da nomeação do parlamentar. Nesse caso o poder de nomeação retornaria para o governador Reinaldo Azambuja. Os novos poderosos, dizem seus mais próximos companheiros, passaram, nos últimos dias, a entender que não seria de "bom tom" escolher uma terceira alternativa e assim estariam propensos a nomear o ex- secretário de Obras Edson Girotto. Ainda resta esperança para o tocador de obras passar a analisar a contabilidade dos poderosos do Estado. Uma reviravolta e tanto. Mas, janeiro será o mês mais quente das últimas décadas para os envolvidos na mais difícil nomeação de um Conselheiro da história. Nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado.

Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado
Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado

Despedida de 2014 traz lembranças de pessoas que deixarão saudades

O ano de 2014 marcou algumas despedidas. Entre elas a de José Wilker, que, saudável, foi vítima de infarto. Precocemente, o cinema perdeu astros de primeira grandeza como Philip Seymour Hoffman e Robin Williams. Não foi fácil perder tantos gênios em um só ano.

Foi embora o gênio indomável de Gabriel Garcia Marquez, que se despediu aos 87 anos de textos maravilhosos como "Cem anos de solidão". Gabriel Garcia Marquez recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982 pelo conjunto de sua obra. Também partiu, aos 73 anos, o escritor João Ubaldo Ribeiro, autor de "Sargento Getúlio" e de "A Casa dos Budas Ditosos". E ainda no campo da literatura, perdemos o autor de " O Auto da Compadecida": Ariano Suassuna, foi um dos maiores da literatura nacional. Perdemos a companhia de Luciano do Valle, nos domingos de futebol. Ele foi um dos

maiores locutores esportivos que o país ouviu. Hugo Carvana também nos deixou. E sem ele o cinema nacional empobreceu. Hugo Carvana trabalhou no "Vai trabalhar, Vagabundo" e "A Casa da Mãe Joana".

Um ano de despedidas e de lembranças de pessoas que deixarão saudades. O ano novo sempre vem acompanhado de muitos desafios a serem cumpridos. Mas eles só serão superados com muita fé no coração. Mude, transforme, renove sua maneira de pensar, de olhar o mundo de uma maneira mais fraterna e mais tolerante. Busque uma intensa mudança em seu ser. Esqueça as raivas e os ódios, eles só te desgastam. Busque a tranquilidade e a harmonia. Um ano de alegrias a todos.

Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado
Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado

Banco Central faz 50 anos: uma história de medo e submissão

A onda de criação de bancos centrais na América Latina ocorreu entre as décadas de 1920 e 1930 por recomendação dos denominados "money doctors", ou terapeutas financeiros: eram economistas de países ricos que visitavam a região para prescrever remédios financeiros em nome dos grandes bancos de Londres e Nova York, trabalho que se assemelha hoje ao do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em 1931, um desses "doctors" chegou ao Brasil chefiando uma missão. Era o diretor do Banco da Inglaterra, Sir Otto Niemeyer. Era o início do Estado Novo, quando um golpe com participação de tenentes tinha levado Getúlio Vargas ao poder. Niemeyer propôs a criação de um Banco Central, mas o governo Vargas não tocou a ideia adiante. Os assessores de Vargas são considerados, hoje em dia, como keynesianos antes de Keynes. Os "doctors" desejavam estabelecer o equilíbrio orçamentário em meio à Grande Depressão. Os assessores de Vargas queriam aumentar os gastos para induzir a recuperação da economia. Deu-se o choque entre os brasileiros e os ingleses e o Banco Central não saiu do papel.

Havia um grande medo de subjugar nossa economia à totalidade dos interesses ingleses (a Inglaterra nessa época dominava o comércio mundial). Somente no final do governo Vargas foi editado um decreto-lei criando um arremedo de Banco Central, sem poder algum: a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). Era o embrião do Banco Central. Somente em 31 de dezembro de 1964, no primeiro ano dos militares no poder, com a Lei da Reforma Bancária, foi criado o Banco Central.

O primeiro presidente desse BC foi Denio Nogueira e ele se manteve entrincheirado no cargo em 1967. O novo presidente Costa e Silva queria substituí-lo por

alguém mais maleável no trato da inflação, na esperança de alavancar o crescimento da economia. Mas havia um obstáculo: a lei que criara o Banco Central garantia independência formal à instituição e mandatos fixos a seus dirigentes.

Costa e Silva não se fez de rogado: pressionou com força total, enviou mensagem ao Senado nomeando um novo presidente do banco - o economista Ruy Leme, indicado pelo czar da economia da época, o então poderoso ministro da Fazenda, Delfim Netto (hoje o grande pensador que orientava os passos de Guido Mantega).

Os parlamentares recusaram a mensagem, alegando o óbvio, que os cargos não estavam vagos. A pressão e o medo aumentaram e, em 22 de março, Denio Nogueira jogou a toalha e enviou a Costa e Silva as cartas de renúncia de todos os dirigentes do Banco Central. Foram vencidos pelo medo da extinção do banco.

A história do banco teve progressos extraordinários, muito melhor que seus irmãos latino-americanos, que foram criados bem antes. Mas é, também, uma história de submissão, especialmente aos ruralistas e industriais, bem como aos presidentes da República e seus ministros da Fazenda. Sempre fraca em poder, mas forte no respeito ao cumprimento de seus propósitos.

Reviravolta no TCE: nunca houve tanta disputa por um pijama bem assalariado
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Empresas de festas comemoram 2014

O ano foi de crise, mas as empresas do ramo de festas têm muitos motivos para comemorar. A estimativa é que esse mercado tenha movimentado R$ 15 bilhões em 2014, algo como 8% de crescimento. Todavia, antes de 2013, o setor crescia, em média, 20% ao ano. Apesar de um aumento que pode ser muito festejado, os analistas creem que o patamar atingido se deveu à elevação dos juros e à restrição do crédito. Casais que iriam se unir postergaram a comemoração para 2015.

O Brasil conta com quase 19 mil empresas voltadas para eventos sociais, formaturas e casamentos, que formam uma cadeia de negócios que movimenta mais de 15 categorias de produtos e serviços, como decoração, iluminação, organização e bufês.

Há uma novidade nessa área: sites começaram a organizar festas e o amigo secreto. São novos serviços baseados na internet que estão movimentando o setor de festas. Há sites que ajudam os produtores de eventos a controlar a bilheteria, organizam amigos secretos e criam gerenciadores financeiros para os clientes manterem as contas das comemorações sob controle. Para alguns deles, o crescimento dos negócios neste ano foi explosivo - estimam em 400% no comparativo com o ano de 2013.

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