Sam, um galo na metade esquerda e galinha na direita
Há algum tempo apresentaram ao mundo uma criatura quase fantástica: Sam, um animal que era um galo na metade esquerda e galinha na metade direita. Os cientistas da Universidade de Edimburgo o batizaram como Sam porque era Samantha e Samuel ao mesmo tempo. É uma raríssima quimera galinácea. Sam demonstrou taxativamente que as células tem uma identidade sexual intrínseca. Uma célula é macho ou fêmea.
Diferenças entre os sexos e suas implicações.
As revolucionárias pesquisas que estão sendo realizadas no Imperial College de Londres estão revelando desconhecidas diferenças entre os sexos com implicações na alimentação, fertilidade e na suscetibilidade ao câncer. Quando pensamos em diferenças entre sexos lembramos de ovários e testículos ou de estrogênio e testosterona. Mas isso não basta. Há mais diferenças. Órgãos de homens e mulheres não são iguais e nem as células.
Uma serpente come um jacaré.
Surgem novas pesquisas mostrando que há diferenças no fígado, pâncreas e intestinos de homens e mulheres. Há um montão de diferenças sexuais e elas podem mudar durante a vida adulta. A plasticidade dos órgãos adultos, à exceção do cérebro, não foram ainda bem estudadas. Há um caso que ilustra a capacidade dos órgãos de mudar radicalmente: uma serpente é capaz de comer um jacaré. Um intestino pode crescer muito. Cresce, por exemplo, nas mulheres durante a gravidez. Ou nas moscas fêmeas quando está pondo ovos.
Células masculinas e femininas.
Há diferenças entre o cérebro do homem e o da mulher? Pode parecer controvertido, mas se observarem as células, os genes mostraram que existem diferenças. O mesmo ocorre se olharem um fígado ou o pâncreas. Basta observar as células para ver que há diferenças entre os sexos. Vale repetir: diferenças entre os sexos e não entre os gêneros. Gênero é um construtor social, nada tem a ver com biologia.
Placenta, um órgão esquecido.
Além das implicações ocasionadas pelas diferenças em órgãos e em células nos intestinos, fígado, pâncreas e cérebro, surge um estudo esquecido por todos há séculos: o da placenta. Pode parecer surreal, mas a placenta é um órgão quase desconhecido, ainda que tenha papel fundamental na alimentação dos bebês.