Segunda dose da CoronaVac: da alegria ao desespero
Foi com muita emoção e alegria que milhares de campo-grandenses tomaram a primeira dose da CoronaVac. Enfim, avizinha-se um novo tempo, ainda que com a máscara, de razoável liberdade. Logo viria a segunda dose e, depois de 14 dias, a tão alentada imunização. Mas não foi o que aconteceu para muitos. Todos que estavam agendados para tomar a segunda dose, à partir do dia 21 de abril , viram seus sonhos frustrados pela desorganização da prefeitura. As doses não chegaram e não havia - e nem haverá - a segunda dose armazenada. Mas é ainda pior: restam pouquíssimas doses da CoronaVac a serem entregues.
As doses que foram entregues e as que restam.
O mês de março foi a glória da vacinação em Campo Grande. A CoronaVac entregou naquele mês 22,7 milhões para o Ministério da Saúde, para o Mato Grosso do Sul, chegaram 300 mil doses, aproximadamente 90 mil para Campo Grande. Mas o abril viu as entregas da vacina do Butantan caírem quatro vezes. O ministério recebeu tão somente 5,2 milhões de doses. E Campo Grande recebeu algo como 20.000. Há esperança de que o ministério ainda receba 700 mil doses nos últimos dias de abril, assim, a capital do Estado receberia outras 2.500 doses. Veja a tabela da CoronaVac.
Só 23 mil para maio.
O ministério da saúde acaba de anunciar o novo calendário de entregas das várias vacinas para o mês de maio (veja o quadro abaixo). Haverá grande quantidade da AstraZeneca e uma diminuta quantidade da CoronaVac. O Butantan está finalizando as entregas do primeiro contrato de sua vacina. O Butantan entregará as últimas 5,6 milhões de doses. Não há previsão do início de recebimento dos IFAs da China para darem início ao segundo contrato. Campo Grande, de acordo com essa nova, receberá tão somente algo como 23 mil doses no mês de maio. Uma gigantesca bola de neve de falta da segunda dose está se formando. Todos que tinham marcado a injeção dessa vacina à partir do dia 21 de abril terão de aguardar por 10'a 20 dias. É o fim da alegria. Retorna o desespero com muitas indagações. A principal é se, com tanto atraso, a primeira dose mantem alguma eficiência.
