Solução para a farra dos tapa buracos: ser fiscalizado com fotos e filmagens
Tapa buracos tem de ser fiscalizado com fotos e filmagens. O modelo de São Paulo mostra a única alternativa transparente
As denúncias de malversação do dinheiro público eram persistentes na cidade de São Paulo. Tal como em Campo Grande. A imensa maioria dos paulistanos acreditava que os buracos serviam para causar rombos nos cofres públicos. Funcionava como uma espécie de máquina de lavar dinheiro. Buraco tampado e dinheiro no bolso dos políticos e empreiteiros. Uma prática suspeita em muitas prefeituras pelo Brasil afora.
O Tribunal de Contas do Município de São Paulo resolveu quebrar a máquina de lavar dinheiro público. Impediu a continuidade dessa operação barrando todas as licitações e exigiu que nos contratos assinados pela Prefeitura com as empreiteiras constasse um modelo mais rigoroso.
A Prefeitura paulistana passou a exigir das contratadas a instalação de câmeras Go-Pro nas máquinas que passam o novo asfalto nas ruas. Para comprovar o serviço realizado, as empreiteiras começaram a enviar a foto de como era o buraco antes do recapeamento e como ele ficou após o reparo. O trabalho das prensas de asfalto também começaram a ser monitorados em tempo real por uma central com fiscais. Fica fácil montar um Portal da Transparência do Tapa Buraco. O Tribunal de Contas de São Paulo diz que é comum uma empreiteira usar bem mais asfalto do que deveria em pequenos buracos. Também afirma que vários tribunais de contas estavam discutindo uma forma de fiscalizar as obras de tapa buraco e recapeamento pois esse seria um dos cinco serviços campeões em reclamações e de maior dificuldade na verificação do que realmente foi feito pelas empresas.
Cancelar contratos existentes para contratá-los novamente, com o mesmo modelo de fiscalização inexistente é perpetuar a falta de transparência e aumentar as suspeitas.
A barriga de aluguel deve ser legalizada no Brasil?
A reprodução humana é o mais extraordinário acontecimento da vida. O nascimento de um filho ou filha, que antes era impossível para alguns casais, hoje já pode ser realizado por incontáveis técnicas. Uma delas é a "gestação por substituição", a conhecida barriga de aluguel.
Essa alternativa traz muitas dúvidas e desafios. Um dos maiores problemas a ser considerado é a remuneração da mulher que cedeu o útero. Esse procedimento médico vem sendo praticado no país desde 1984. Eles vêm sendo feitos em clínicas médicas. Já existem mais de 170 centros de medicina reprodutiva no Brasil em condições de oferecer tais serviços. Em muitos deles existem listas de mulheres dispostas a locar o útero, e receber uma remuneração por esse "serviço". E devido a essa remuneração que o problema está colocado. Inúmeras críticas são feitas tratando essa prática como imoral e ilícita. Mas também há os que a colocam no pedestal, a única via de resolução do problema de ter um filho ou filha.
As normas legais e morais da barriga de aluguel variam de país para país. Em alguns casos, variam de estados para estados. A exemplo dos Estados Unidos formado por 50 estados e desses, 38 permitem ter um filho através desse método. O processo para ter um filho pela barriga de aluguel corre da seguinte forma: é firmado um acordo, intermediado por um advogado, que elabora um contrato que deve ter especificações sobre a guarda do filho - o método de pagamento, garantias médicas e avalições físicas e psicológicas dos pais e da mãe de aluguel. A Europa é dividida. Apenas a título de exemplo: na Inglaterra e na Hungria ela é permitida, e na Espanha e França, proibida. O país que mais pratica a barriga de aluguel é a Índia e muitos casais de outros países, inclusive brasileiros, a procuram para ter um filho. São mais de 1.500 clínicas indianas à disposição de casais do mundo todo. Os procedimentos completos, clínica e barriga de aluguel custam, em média, US$ 20.000.
A distância entre um tiranossauro e um urubu é bem menor do que se pensa. Eram as aves dinossauros?
Após a série de filmes "Jurassic Park" os dinossauros entraram na moda. Mas, os paleoartistas, os homens e mulheres que "reconstroem" os dinossauros misturando a arte da pintura e da escultura com a paleontologia, estão oferecendo novos ingredientes. Eles afirmam que hoje em dia sabem que boa parte dos dinossauros era coberta de penas. Às vezes penas de voo, como das aves que vemos hoje, às vezes uma penugenzinha suave, como a de um pintinho.
Dinossauros com penas não são novidade. No fim do século 1.800, em rochas da Baviera, na Alemanha, começaram a ser descobertos registros de um animal batizado de "Archaeopteryx". Foram os primeiros fósseis de um bicho que era inegavelmente um dinossauro, mas tinha penas. Foi um elo perdido a mais a ser encontrado. Mas, não se sabia como classificá-lo.
Tudo isso virou de ponta cabeça nos anos 1.990, quando paleontólogos de todo o mundo começaram a descobrir inúmeros fósseis, com qualidade impressionante na província chinesa de Liaoning. Um cientista pode se dar por satisfeito quando encontra uma ossada quase completa. Pois, em Liaoning desenterraram fósseis tão detalhados que se veem registros de ossadas inteiras de pequenos lagartos e mamíferos dentro do estômago de dinossauros completos. Além de dezenas de dinossauros emplumados.
As evidências são tão fortes que já está se tornando consenso no meio dos paleotologistas que os dinossauros não se extinguiram, mas evoluíram e se transformaram nos pássaros de hoje. É bem provável que muitas espécies deixaram de existir, mas isso é do jogo da evolução. Todavia, a distância entre um tiranossauro e um urubu é bem menor do que se pensa.