Supermercados veganos crescem à velocidade da luz
Como seria o mundo sem carne? Essa é a pergunta que muitos vem fazendo em todos os cantos do planeta. E praticando. Se alguns abusam e maltratam os animais, outros tentam ajudá-los e resgatá-los. Já existem centenas de "santuários de animais", espaços protegidos onde os animais - principalmente os fugitivos de fazendas e de frigoríficos - podem levar uma vida amena, uma existência plácida e tranquila, sem que os humanos que os tratam peçam nada em troca. Alguns ativistas veganos estão levando vacas para excursões pelas matas, passeiam como se fossem cães se divertindo com seus donos. Outros dedicam horas a acariciar as ovelhas fugitivas de matadouros como se fossem gatinhos. Faz sucesso na Europa as telas de Harmut Kiewert, um artista que retrata a utopia sonhada pelos ativistas defensores dos direitos animais. Ele pinta telas onde os animais passeiam pelos centros comerciais e se misturam com os humanos porque, segundo ele, hoje em dia só têm direito a passear em forma de sapatos ou salsichas.
Berlim e a primeira cadeia de supermercados veganos.
Berlim é a capital européia do veganismo. A capital da Alemanha conta com a maior quantidade de restaurantes dessa categoria da Europa. Não é casual que na Alemanha exista a única cadeia de supermercados estritamente veganos. E não só existe como prospera à velocidade da luz. "Veganz" foi criado há quatro anos e já alcança um volume de vendas de mais de R$300 milhões. Nem as empresas de alta tecnologia seguem seu ritmo. O que está acontecendo para que tantas pessoas renunciem ao consumo de produtos de origem animal e passem para o outro lado da cerca? Se o consumidor começa a mudar e exigir outro tipo de alimentação, a indústria está se preparando para esses novos tempos. Há muitos laboratórios de ponta criando um hamburguer sem carne de boi, leite sem vacas, ovos sem galinha. Imensos investimentos que desejam criar comida com o mesmo paladar atual, mas sem intervenção alguma de animais.
Mentiras da história que engolimos sem protestar
Os restos de Santigo não repousam em Santiago de Compostela.
O que nos contaram? Que o Apóstolo Santiago, o Maior, foi decapitado por ordem do rei Herodes, em Jerusalém, onde trabalhava pela evangelização. Depois de sua morte, Atanasio e Teodoro - seus discípulos - recolheram o corpo e o levaram em segredo, em uma barca, ao lugar sagrado onde Santiago iniciou sua predicação, no norte da Espanha. Assim, seus ossos acabaram em Santiago, onde construíram a catedral para receber os fiéis, que ano após ano, fazem a famosa peregrinação.
O que realmente ocorreu? O bispo Teodomiro, por sua conta e risco, converteu esse lugar em um "supermercado" religioso, turístico, econômico e hoteleiro, que hoje conhecemos. Como? No ano 813 d.C., os mulçumanos corriam de um lugar para outro pela Espanha e isso não era do agrado desse bispo galego. A Galícia era um dos poucos lugares da Espanha onde a força dos mulçumanos era pequena. Para fazer frente ao islamismo, foi a Roma. No Vaticano lhe informaram que os ossos de vários santos estavam em volta da Basílica de São Pedro. Ele observou que peregrinos e reis iam até Roma em enormes multidões. Seguindo esse exemplo buscou os ossos de algum santo popular na Espanha. Não queria um santo inglês e nem francês. Teodomiro encontrou um sepulcro com três corpos dentro. Segundo ele - e somente ele - os três pertenciam a Santiago e seus dois discípulos. "Emocionado", transmitiu sua "descoberta" ao Rei Alfonso II e lhe pediu para construir uma igreja sobre a tumba que montou para que o povo peregrinasse. E assim, após várias igrejas que foram ampliando e destruindo, acabaram levantando a atual Catedral de Santiago, que só durante o mês de julho passado recebeu nada menos de 50.868 turistas. Os ossos que ali se encontram se sabe que são falsos desde o primeiro momento de seu "descobrimento".