Tempo seco: risco cardíaco, desidratação e alergia
O ar seco que atinge Campo Grande merece atenção especial. Aumenta em 50% o risco cardíaco. Corremos risco de vida maior porquê, para manter a pressão arterial, o coração precisa trabalhar e bater mais forte. Coração batendo excessivamente, pode ser lindo nos poemas, mas é um perigo de vida.
Pulmões irritados.
Os poluentes no ar promovem uma irritação nos pulmões. Esta é a época em que os Neros - incendiários - costumam exercer suas "liberdades" de festejar em volta do fogo. Tacam fogo em qualquer mato. Afinal, quem irá puni-los? Quando os pulmões estão irritados, os brônquios ficam mais fechados, os vasos sanguíneos também se fecham mais e o coração bombeará contra um pulmão mais fechado. Para complicar ainda mais, o pulmão não quer saber se no ar há menos oxigênio, continua exigindo algo em torno de 100% de saturação. Isso significa que os pulmões querem receber a mesma quantidade de oxigênio de um tempo normal. Tempo normal tem umidade do ar entre 50% e 80%. Estamos vivendo - não sei como - com 12%. Mas sei que é muito perigoso.
Cuidado redobrado com atividade física.
É preciso se hidratar mais que o normal. Muitos estudiosos entendem que o mínimo é consumir 2 litros de líquidos por dia. Só pratique exercícios antes das 08:00h e depois das 19:00h. Entenda que sem vento e chuva, as partículas ficam entre dois e cinco dias voando sem se depositar. Muitas partículas são transformadas pela radiação solar, gerando radicais livres. Outra dica é não correr e exercitar próximo aos carros, pois os níveis de poluentes são muito mais altos do que no meio das árvores de um parque.
Aumenta o número de pessoas com alergia.
Neste momento, há um aumento de pessoas procurando médicos devido a alergias. Isso ocorre porque as mucosas costumam ressecar e inflamar no tempo seco. Rinites e sinusites aparecem em profusão. Utilize soro fisiológico para hidratar as narinas. Não é incomum a ocorrência de sangramento no nariz. Tapetes, carpetes, bichos de pelúcia, viram objetos proibidos.
