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Em Pauta

Troca-troca de vacinas, a saída para o caos da segunda dose

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/05/2021 07:52
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
O escambo é uma das mais antigas formas de relação entre humanos. Há 10.000 anos, no período Neolítico, trocavam sacos de farinha de trigo por vacas. Quando os portugueses e espanhóis chegaram no Brasil, as trocas entre os dois povos eram frequentes. Um machado por 10 patos. Não fazia sentido algum para os indígenas receber um pedacinho de metal - as moedas - por um saco de mandioca ou por algum animal selvagem. O escambo foi a regra na sociedade dos primeiros séculos em terras brasilis. E é a alternativa viável para o caos estabelecido pelas autoridades que optaram por não armazenar a segunda dose da CoronaVac.


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Apenas 7 capitais e 860 cidades não guardaram a segunda dose.

Os relatórios da crise da segunda dose dão margem à sua resolução via escambo. Há, no país, 5.568 cidades, apenas 860 delas não armazenaram a segunda dose. São 4.708 municípios administrando a segunda dose da CoronaVac no prazo determinado em bula, de 28 dias. E todos estão recebendo boas remessas da AstraZeneca. Basta trocar uma dose da CoronaVac por uma da AstraZeneca.


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Troca-troca entre capitais ou organizado pelo ministério.

Apenas 7 capitais estão vivendo a falta da segunda dose. Todas são pequenas. O problema, ainda que nacional, não tem uma grande dimensão. Basta telefonar para alguns prefeitos das maiores capitais e pedir o socorro da troca-troca. A alternativa, bem mais complicada e morosa, pode ser feita via parlamentares da base de sustentação do governo federal. O Ministério da Saúde pode coordenar o troca-troca. Aliás, desde que explícito e transparente, pode simplesmente resolver mudar as regras de distribuição das doses de vacinas, socorrendo aqueles que não sabem organizar uma campanha de vacinação e deixaram faltar as segundas doses. Força, senhores administradores, ao trabalho (ou à justiça).
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