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Finanças & Investimentos

Fuja dos sabotadores emocionais de riqueza

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 22/08/2016 17:24

Muita gente tem me procurado para dizer que as conversas em casa andam bem desanimadoras. Vejo pessoas azedas, em rotinas amargas, fazendo aquilo que detestam e usando uma única âncora para segurar tudo isso: o dinheiro.

Elas estão tentando fazer o certo, mas por um caminho totalmente errado. Com um espírito desses, minha recomendação é que não se lancem no empreendedorismo, pois a energia requerida de um empreendedor é alta, e uma visão positiva e alegre da vida são essenciais para encarar as mil surpresas que a vida reserva aos que empreendem.

Outro detalhe: quem acha que empreender e começar algo próprio são atividades isentas de frustrações e cujo dia a dia é repleto de realização e desafios superados, está totalmente equivocado. Sejamos francos: empreendedorismo é algo muito difícil e ouso dizer que não é mesmo para todos.

Eu poderia ser bonzinho e dar uns conselhos daqueles de pai, mas não vou fazer isso. O melhor, ao meu ver, é tocar nas feridas – isso ensina muito. Vai doer, mas sara mais rápido. O que vou colocar aqui são três características comportamentais que são nocivas e que atrapalham a sua capacidade de gerar riqueza nas mais variadas áreas da vida, inclusive financeira. Costumo chamar essas características de os “Os 3Ds da Destruição”. Acompanhe:

1. Desatenção - Você já parou para perceber como seguimos nossas vidas desatentos em relação às coisas que estão ao nosso redor? Por um instante, pare e tente perceber isso. Esquecemos de datas importantes, não participamos de momentos poderiam ser muito emocionantes (casamentos, formaturas, festas de amigos), não retornamos recados telefônicos e não respondemos e-mails no tempo adequado. Essa desatenção segue para dentro dos teatros, cinemas, igrejas, restaurantes, auditórios e por aí vai. Você está lá quando, de repente, toca o celular; sem a menor consideração aos demais, aquela pessoa desatenciosa atende, levanta, interrompe o momento, apenas preocupada com suas próprias necessidades. No ambiente corporativo, a cena se repete quando, em plena reunião, as pessoas estão atentas às telas de seus computadores ou smartphones, mas deveriam estar prestando atenção ao assunto em pauta. Ninguém está afim de perder tempo… Perder? E ganhar?

Muito cuidado com isso! Essa pressa desvairada nos leva a fazer muitas coisas ao mesmo tempo, em um ritmo sempre insano. O resultado é que acabamos não colocando paixão em nenhuma delas. Vamos seguindo “piloto automático”, repetindo o ciclo a cada dia dentro de uma rotina de trabalho (e de vida) pra lá de chata. A pressa é a maior amiga da desatenção e, quando estão juntas, fazem um belo estrago. O desejo louco de fazer mais com menos (ainda que esse “mais” resulte em menor grandeza e intensidade) atrapalha mais do que ajuda, e toda essa desatenção gerada nos faz perder muitas oportunidades com as pessoas. E são justamente essas oportunidades que geram sinergias, que por sua vez são transformadas em riquezas, nas suas mais variadas formas. Eu me lembro de uma vez em que uma simples conversa iniciada num elevador (aquele que eu costumo segurar a porta para esperar as pessoas que vem vindo, em vez de fechá-la com pressa) resultou em uma oportunidade excelente de negócios, que me rendeu bons lucros, além do principal, que foi ganhar um amigão e um conselheiro.

2. Desalinhamento - Vamos definir algumas coisas aqui. O que é integridade? Vem da palavra integrar e significa o alinhamento dos nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos aos nossos valores. Ser íntegro é ser autêntico. E o contrário disso é ser incoerente, ou em outras palavras, é estar desalinhado. Isso ocorre quando nossas atitudes e ações não correspondem aos nossos valores. O perigo aqui é que quando estamos em uma condição de desalinhamento, nossa capacidade de geração e obtenção de riqueza fica reduzida. É uma questão de tempo para que as pessoas percebam isso e diminuam a credibilidade que possuem em relação à você. Sem confiança, as coisas não avançam, nem na vida pessoal, muito menos na profissional. Você sente hoje completa satisfação no modo como você se relaciona com seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho, colaboradores e pessoas em maior posição hierárquica? E em relação aos seus clientes e concorrentes? Você é a mesma pessoa (coerente) em todas essas situações? Se a resposta for “Não”, cuidado, pois você pode estar desalinhado.

3. Desesperança - Essa talvez seja o pior desses três comportamentos. O desesperançado não acredita em nada e nem em ninguém. Ele não possui sonhos, não tem compromisso com as coisas e não abraça nenhuma causa maior que represente alguma mudança positiva, seja para si ou para os outros. É apenas um conformado. O mundo é o que é, e ponto – não há o que se possa fazer para melhorá-lo. Um copo com água pela metade para um desesperançado significa “meio vazio”, enquanto para o otimista ele é visto como “meio cheio”. Você com certeza já ouviu essa história por aí, certo? Quando recebe um aumento salarial, o desesperançado fica feliz até perceber que seu colega teve um aumento maior. Se é um empresário ou gestor, tem comportamento similar quando vê os resultados da sua empresa, que mesmo sendo bons, e se frustra e começa a reclamar e exigir soluções. O problema disso tudo é que o desesperançado acaba sendo controlado pelas situações externas, e isso o impede de arregaçar as mangas e fazer as coisas acontecerem de forma melhor, independente do ambiente ao seu redor.

Conclusão - Ao desatencioso, falta interesse. Ao desalinhado, falta integridade. Ao desesperançado, falta ânimo. Credo! Sei que o texto de hoje foi bem pesado, e fico triste ao constatar que há muito mais pessoas com estas características do que aquelas que já estão “curadas” destes males. Meu objetivo é dar um “choque” em você, caso tenha se identificado com um destes três D’s. Convido você a trabalhar os pontos que forem necessários, eliminando estes sabotadores e deixando o caminho aberto para os seus talentos (naturais e adquiridos), rumo a uma vida mais próspera e rica (em todos os aspectos). Não adianta você ficar preso a estes D’s só por causa do dinheiro. No fim, ainda que ele venha (e em grande quantidade), você não terá competência para utilizá-lo como um instrumento de liberdade e qualidade de vida. O resultado será consumo sem noção: você gastará tudo para compensar os outros desequilíbrios e prejuízos gerados pelos comportamentos sabotadores.

Fonte: Conrado Navarro/Dinheirama.com
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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