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Manoel Afonso

Amplavisão

Manoel Afonso | 14/09/2012 10:54

HORÁRIO ELEITORAL Os críticos divergem, mas continua sendo mais uma fonte de informações onde os candidatos ganham visibilidade e se expõem com seus planos e currículos. Evidente que não pode ser qualificado de mar de rosas.

O ELEITOR precisa ter paciência e esperteza para separar o possível da utopia, os coerentes, dos espertos travestidos de ‘bom mocinho’. Nem sempre o histórico pessoal do candidato avaliza seu discurso de ‘faz tudo’ ou ‘Salvador da Pátria’.

IRONIA do destino. Com a grana do ISS da obra da rodovia Camapuã-Figueirão, Marcelo Dualibi (DEM) colocou a casa em ordem e pode ganhar a eleição de Moises Nery, PMDB, partido do governador André que lançou a obra.

PESQUISAS A falta de pesquisas devido as decisões judiciais deixa a opinião pública sem parâmetros confiáveis para analisar o quadro. O que se pergunta: haverá segundo turno? Quais candidatos se enfrentarão nele? Vamos aguardar.

‘AJUDA EU’ Antes de pintar sobrancelhas/bigode/cabelo de dourado, Lula gravou para Vander. A áurea que empolgava sumiu. Sua fala burocrática não é nem sombra de antes. Mais que o câncer, as decisões do Mensalão o definhou.

SEM ILUSÕES: O novo C. Penal dá mais poderes ao MP; prioriza a perfumaria’; a vida humana é esquecida. Briga de galo, caça a animais silvestres, calunia e concorrência desleal punidas. Já os bandidos, continuarão soltos.

‘SONHOS’ O núcleo do Governo imagina viver na Suécia ao tratar da lei penal. Se esse pessoal passasse pela experiência de perder filho para o crime, pensariam assim? Ora! Com a progressividade da pena, cadeia é ‘vapt-vupt’.

INSISTO: Combater briga de galos e punir o comerciante que não respeita o consumidor na fila, seria mais importante que enquadrar o crime de corrupção como hediondo e punir também os corruptores? Uma boa pergunta.

RESOLVE? Dilma tenta compensar os estragos do Mensalão com a queda da tarifa de energia. Mas não resolve o ‘custo Brasil’. Só um exemplo: o vidro chinês chega 35% mais barato do que similar nosso. Competir como?

LUZ AMARELA O que era bom ficou ruim. A condenação de João Paulo alerta os políticos que usam do foro privilegiado como proteção. A decisão do STF é irrecorrível. Não é a toa que Genoíno e Zé Dirceu estão se enfartando.

A SINALIZAÇÃO não é boa para eles no STF. A empáfia e arrogância foi até ontem a marca registrada da conduta de ambos. Achavam-se donos do poder, eram da cozinha do Planalto. As embaixadas de Cuba e Venezuela os esperam!

‘SAIA JUSTA’ Os números da ‘Transparência Brasil’ mostram quem trabalha e quem encena no exercício do mandato. Neste último caso está Bernal com um mandato pífio na AL. – o pior classificado entre os parlamentares candidatos.

‘ESTRANHO’ Ao contrário dos demais, Bernal não expõe seu currículo no horário eleitoral. Aliás, sua passagem pela Câmara Municipal também não deixou marcas relevantes. Fez o que faz na AL: ‘apenas jogou para a torcida’.

‘SLOGANS’ ajudam. O Barão de Itararé se elegeu vereador em 1946 com: “Mais água e mais leite, mas menos água no leite!” Quando cassaram o seu partido (PCB), ele se despediu com a frase: “Saio da vida pública e entro na privada”.

FOLCLORE! Carlos Lacerda foi à França justificar o Golpe de 64. Na entrevista um jornalista ironizou: “por que as revoluções sul- americanas são sempre sem sangue?” Lacerda arrematou: “Porque são iguais às luas-de-mel francesas”.

ATRASO O crescente marketing do deboche através de apelidos de candidatos e suas posturas mostrando as deformidades sociais não coaduna com a seriedade de propostas que a política exige. O exemplo de Tiririca é seguido em todo o país.

A CULPA é da classe política que pressiona a Justiça Eleitoral sob o argumento de liberdade de expressão com base na realidade social. A mídia mostra casos escabrosos que acabam afugentando gente séria da política. Não é para menos.

A DEMOCRACIA não pode ser o palco das aberrações e chulos. Adianta ficha limpa e urna eletrônica convivendo com o processo do ‘vale tudo’? Os partidos precisam e devem enobrecer seus quadros para ganhar credibilidade do eleitor.

EXCEÇÃO A exigência do brasileiro cada vez mais acentuada na escolha de produtos e serviços (dentista/médico/pedreiro, etc) precisa ser extensiva à escolha dos prefeitos e vereadores inclusive. Não pode mudar o olhar e nem os critérios.

OS DOURANDENSES reconhecem a mancada de votar em Artuzzi: sem know-how, grupo e equipe técnica para administrar. Enquanto a ajuizada Três Lagoas disparou, Dourados empacou. Não é difícil fazer a comparação entre ambas.

INVEJA Os argentinos mais uma vez nas ruas. Agora protestam contra as manobras para dar o 3º mandato a presidenta viúva. Aqui só tem gente na rua na Marcha Gay e na ‘Marcha para Jesús’. É o retrato da nossa velha palidez patriótica.

ARREMATE Um povo que vota no Tiririca, Agnaldo Timóteo, Popó, Russomano e Romário – por exemplo – tem visão distorcida da responsabilidade cívica. Confunde ‘alhos com bugalhos’ e se torna cúmplice (ou responsável?) pelo quadro.

“Não sou candidato a Papa”. (candidato Celso Russomano)

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