Amplavisão
‘TERRA ARRASADA’ Assim era chamada a política dos prefeitos que não elegiam o sucessor. Inconformados, eles contraiam dívidas por antecipação da receita, inchavam o quadro funcional e sucateavam vergonhosamente o patrimônio municipal.
NO BRASIL era cena comum: novos prefeitos indignados com os maquinários e veículos sem condições de uso;, sem pneus e manutenção básica. Em outros casos, documentos eram destruídos prejudicando assim a contabilidade.
MEMÓRIA Em alguns casos o novo prefeito pedia socorro ao Judiciário para comprovar o estado de calamidade. Mas era uma formalidade mais moral, mesmo porque a legislação era falha, uma espécie de incentivo branco.
FELIZMENTE com a Lei de Responsabilidade Fiscal há outra postura na maioria dos prefeitos em final de mandato, tementes das exigências dos Tribunais de Contas, cada vez mais presentes na fiscalização das leis específicas.
BOA NOTÍCIA O nosso TCE está divulgado as normas a serem seguidas pelos prefeitos neste último semestre. Os desmandos prefeiturais não se extinguem com a entrega do cargo. Viram ‘fantasmas’ a persegui-los ‘ad eternum”.
ALERTA Muitos ex-prefeitos tentaram concorrer nestas eleições e foram barrados. Evidente: nem todos agiram dolosamente, mas acabaram de uma forma ou de outra sendo negligentes ou incompetentes para administrar consoante a Lei.
ENFIM... Os prefeitos atuais não podem alegar ignorância. Os futuros idem! Para esses o aviso: tenham a assessoria de gente qualificada, sem ranço. Afinal, a sinalização do STF (Mensalão) contra a corrupção é clara. Os tempos são outros.
MEMÓRIA A LRF sancionada por FHC não teve o apoio do PT e do PC do B. Lula, Palocci, Mercadante, Dutra, Marina Silva criticaram essa conquista. Hoje sofrem no palanque os efeitos da ‘conduta sem limites’ da ‘cumpanheirada’.
APATIA As pesquisas nas capitais e grandes cidades mostram o eleitor desvinculado dos partidos. Seria fruto da democracia consolidada, a boa fase econômica ou a simples percepção da irrelevância partidária que nivelou os discursos?
AS ELEIÇÕES municipais tem o caráter paroquial. Temas nacionais são irrelevantes na avaliação do eleitor – um tanto cético com o noticiário mesclando política e polícia. O olhar desse eleitor visa seu bem estar pessoal. Nada mais.
O EXEMPLO em varias capitais, inclusive aqui: o PT não convence de que seria o condutor da política econômica e social. A aspiração do eleitor está restrita à escola, posto de saúde/creche/transporte e segurança. É o que há.
BOM OU RUIM? A ação judicial para tirar do Google o vídeo que se reportava a Alcides Bernal, acabou despertando a atenção dos internautas, até então ‘desligados’ do seu conteúdo. Como se diz: o que é proibido atrai, chama a atenção.
SEGUNDO os especialistas, o interesse pelo acesso vira febre nestes casos polêmicos e as ‘postagens piratas’ de vídeos substituem as originais. As próximas pesquisas é que vão mostrar eventuais estragos ou benefícios do episódio.
ENCRUZILHADA Vamos ou não armar a guarda municipal da capital? Qual será o peso da audiência pública da Câmara? Dar uma arma de fogo a dezenas de cidadãos é um risco que precisa ser calculado racionalmente. É o aviso.
‘BRINCADEIRA’ Cidadão paga plano de saúde e na hora ‘agá’ os médicos criam dificuldades aproveitando-se da fragilidade emocional dos parentes. A artimanha se repete no atendimento do SUS, cobrando-se ‘por fora’. E muda?
IMPRESSIONA o corporativismo na medicina brasileira. Sou testemunha (e vítima) desta pratica cada vez mais latente. Lembra aqueles borracheiros de beira de estrada: sem opção e precisando prosseguir a viagem paga-se o preço majorado.
DEBATES O que falta em termos de propostas palpáveis, com estudos técnicos inclusive, sobra com abundância em matéria de críticas e proselitismo. Até aqui esses debates não tem chamado a atenção do eleitor. Muito ‘oba oba’.
PESQUISAS A guerra dos números continua. Faz parte da estratégia de campanha em todos os níveis. Até o pleito os ânimos devem se acirrar, com cada candidato vendendo seu peixe. A intenção é uma só: fisgar aquele eleitor indeciso.
SEM RACISMO Contra a tese de André Vargas, diretor de comunicação do PT, de que que ‘a transmissão ao vivo do julgamento do mensalão ameaçaria a democracia’, o país já adotou o ministro Joaquim Barboza como seu novo herói.
O MINISTRO chegou ao STF pela indicação de Lula, mas sua postura mostra que não ficou refém deste gesto presidencial. O mesmo não ocorre com Tóffoli e Lewandowski, ex-advogados sindicalistas e ligados ao PT de São Paulo. Concorda?
VAIDADES A coragem de J. Barboza ‘incomoda’ os seus colegas. Tanto é que sua eleição para a presidência do STF corre riscos, como acenou Marco Aurélio Mello. Se o voto é secreto, pode haver retaliação contra Barboza. Fim da picada.
LULA: “Se juntar todos os presidentes da história do Brasil, vocês verão que eles não criaram instituições para combater a corrupção como nós criamos em 8 anos...” Mas ele não explica o envolvimento de seus apaniguados no Mensalão.
“Não danço como Carla Perez, mas tenho ginga.” (Deputado ACM Neto)