Angustiada, filha relata agonia de só saber da mãe com covid por boletim
Idosa teve de ser internada, no domingo, em enfermaria do Hospital Regional devido à falta de leitos de terapia intensiva
Há uma semana sem qualquer contato com a mãe, de 68 anos, internada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com a covid-19, a filha relata a angústia de não ter informações "precisas" sobre a situação da mesma. No domingo passado, dia 21, a idosa deu entrada e teve de ficar na enfermaria devido à falta de leitos de terapia intensiva.
Mariana Lima Duarte, de 34 anos, diz que tem sido difícil saber como a mãe está porque "há falta de transparência e desencontro de informações". “Falei no pronto-atendimento, na ouvidoria e com as assistentes sociais, mas não informaram onde ela está, se vai conseguir vaga, se piorou ou melhorou. As assistentes [sociais] não dão respostas clínicas, somente os médicos. Mas não consegui falar até agora com eles".
Ela relata que ouviu de funcionários do hospital que a mãe teria sido transferida para um novo setor, mas que está angustiada por não conseguir ter detalhes: "Não sei se ela está bem ou está mal. O boletim que sai não explica ao certo a situação dela, e não há informações concisas".
De acordo com boletim do hospital divulgado às 16h de ontem (27), a paciente está com “muita falta de ar”, utilizando máscara de oxigênio para respirar. Mesmo assim, ela “está calma e sem queixa de dor”, “comendo bem e sem outras queixas” e aguarda vaga em CTI (Centro de Tratamento Intensivo).
À reportagem, a assessoria de imprensa do HRMS não pode informar detalhes da paciente, que devem ser informado apenas a familiares da mesma por meio do "boletim diário" divulgado em grupo do WhatsApp. Sobre maiores dificuldades, deve ser realizado contato com a assistência social da unidade.
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