Após demissões, funcionário denuncia sobrecarga no CTI do Hospital do Pênfigo
Funcionário diz que há três pacientes para cada técnico de enfermagem e alega que há falta de EPIs
Funcionário do Hospital Adventista do Pênfigo denuncia as condições de trabalho depois da demissão de 12 profissionais, entre enfermeiros e técnicos de enfermagem. Além da sobrecarga, critica a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).
Conforme a denúncia, o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) está com 12 pacientes, sendo monitorados por quatro técnicos, ou seja, três pacientes para cada profissional, o que, conforme a denúncia, acima do estabelecido como protocolo de segurança de saúde.
“Está sobrecarregando os que ficaram”, disse o funcionário. Segundo ele, as demissões aconteceram ao longo dos últimos 15 dias, por corte de gastos.
Nenhum dos casos é paciente em tratamento contra covid-19, mas são casos graves. O funcionário também diz que há poucos EPIs disponíveis.
De acordo com o denunciante, eles recebem apenas um capote de TNT (tecido não tecido), proteção usada por cima da roupa dos enfermeiros e técnicos. “É um para o dia inteiro, pessoa fica transitando com ele”, disse. Também alega que a instituição entrega apenas uma máscara N95 por mês. A pessoa disse que encaminhou a denúncia ao Coren/MS (Conselho Regional de Enfermagem).
Sobre as reclamações, a assessoria do Hospital do Pênfigo informou que as escalas dos enfermeiros estão normais e não há falta de EPIs. "Em março criamos um comitê de crise no hospital apenas para essas questões e fizemos as compras há bastante tempo. Temos nota fiscal de tudo", disse.
Também relatou que a taxa de ocupação condiz com o número de funcionários, "nós tivemos algumas demissões como qualquer outra empresa em virtude da pandemia". A reportagem entrou em contato com a assessoria do Coren para verificar sobre as denúncias, mas até o momento não houve retorno.
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(*) Matéria atualizada às 14h48min para acréscimo de informações.