Assoreamento crônico no Parque das Nações impacta “cartão-postal” da Capital
Área está tomada por sedimentos e preocupa quem vai ao parque passear ou se exercitar
Assustado com o processo de assoreamento que segue avançando nos lagos do Parque das Nações Indígenas, morador da Capital diz estar preocupado com a destruição de um dos cartões-postais de Campo Grande.
O fenômeno, que pode ser causado pela ação humana ou mesmo de forma natural, acontece na maioria das vezes por retirada das matas ciliares e vegetação próxima aos lagos e rios. A ironia é que o ponto próximo à represa responsável pela captação de areia, aberto para evitar o assoreamento do lago principal, também está cheio de sedimentos.
Há muito tempo, o lago menor assoreou e virou praia das capivara, conforme reportagem publicada em 2022 aqui no Campo Grande News.
Sérgio Sangalli, 72 anos, procurou a reportagem preocupado que, em alguns anos, o local seja totalmente degradado pelo acúmulo de lixo e de matéria orgânica. “No meu ponto de vista, as coisas tendem a piorar. Acontece que todas as obras realizadas ali são ‘emergenciais’, e não dão conta de resolver o problema como um todo”, opinou ao Campo Grande News.
Segundo Sérgio, o problema se agravou há algum tempo em virtude do assoreamento de outros pontos do parque. “Esse trecho aí, em outros tempos tinha cerca de quatro metros de altura, olha como está a situação atual”, falou.
Ao fim de 2020, um ano após o lago principal ser esvaziado para revitalização, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), responsável pela administração, disse que o segundo lago seria exatamente a função da represa, conter a descida de areia até o centro do Parque das Nações.
Na ocasião, algumas das obras, que estavam previstas em acordo firmado entre o Governo de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Campo Grande e Ministério Público, ainda não haviam sido feitas. Na época, a administração municipal ficou responsável por obras de manutenção estrutural no entorno do parque.
O Campo Grande News questiona deste sexta-feira (12) o Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) sobre as ações realizadas para frear o assoreamento dos lagos na região e aguarda retorno. O material será atualizado assim que a reportagem for respondida.
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