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Direto das Ruas

Bebê tem queimadura de 2° grau ao pisar em chão quente de escola

Segundo a mãe, menino abriu a grade de proteção enquanto professora estava fora da sala

Por Clara Farias | 16/11/2023 11:28
Bebê de um ano e sete meses com o pé queimado (Foto: Direto das Ruas)
Bebê de um ano e sete meses com o pé queimado (Foto: Direto das Ruas)

Bebê de um ano e sete meses acabou com os dois pés queimados, no dia 7 de novembro, em Campo Grande. A situação ocorreu dentro da escola particular Rosa de Saron, por volta das 13h. O colégio fica localizado no bairro Coophatrabalho. A mãe, que não quer ser identificada, relata ter sido avisada sobre o ocorrido somente às 17h30 do mesmo dia. O bebê precisou ser levado à Santa Casa da Capital devido à gravidade da queimadura.

A auxiliar administrativo, de 27 anos, entrou em contato com o Campo Grande News, pelo canal Direto das Ruas, para contar sobre a situação que o filho vivenciou na última semana. O menino, que voltou para casa com os pés com queimadura de 2° grau, está com os pés enfaixados e precisou ter a rotina alterada. As imagens enviadas ao jornal mostram diversas bolhas nos pés do menino.

Segundo as informações repassadas à mãe pela diretora do colégio, a professora deixou as crianças sozinhas na sala para fazer a mamadeira dos alunos. Neste momento, o menino abriu a grade de proteção e saiu para a área externa da escola. "Ele só foi socorrido quando começou a chorar e eu não fui comunicada de imediato, quando meu cunhado foi buscá-lo na escola que a diretora me ligou e disse que tinha criado 'um calinho, uma bolhinha'", comentou.

Bolhas no pé do bebê (Foto: Direto das Ruas)
Bolhas no pé do bebê (Foto: Direto das Ruas)

A mãe relata que o filho estava com muitas dores e os pés cheios de bolhas. A princípio, ela buscou atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, onde foi atendida pela pediatra e assistente social. "Eu estava em estado de choque, o pé dele estava muito feio e as funcionárias da escola passaram uma pomada que não saía, meu marido precisou segurar ele enquanto eu lavava os pés dele para a enfermeira avaliar. Foi um desespero".

Após o atendimento, a família foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande para receber uma avaliação especializada, devido à gravidade. A assistente social orientou a mãe a procurar a Delegacia de Polícia Civil e registrar um boletim de ocorrência contra a instituição por conta das diversas violências sofridas pelo menino. "Ela disse que meu filho sofreu violência institucional e foi negligenciado dentro da escola que estuda e que eu deveria ter sido comunicada imediatamente".

A auxiliar administrativo reclama que somente uma semana após o ocorrido a escola entrou em contato. Nas mensagens que a reportagem teve acesso, a diretora pede para que a mãe não tire o menino da escola. "Eu dou uma bolsa para ele [...]. Prometo que isso nunca mais vai acontecer, eu mesma cuido dele para você", escreve ela em algumas das mensagens. Com a negativa da mãe, a diretora ainda comenta que foi um erro da professora que será mandada embora após as férias.

"Desde o dia que aconteceu, eu não levei mais ele para a escola. É muita negligência. Coloquei ele lá porque eu confiava e não me deram apoio nenhum, agora estou deixando ele com a bisavó de 76 anos porque não consigo pedir as contas do serviço", explicou a mãe.

O Campo Grande News  tentou contato com a escola Rosa de Saron, que por telefonema informou que encaminharia o posicionamento após contato com o jurídico. À tarde, em nota, o colégio disse que "em nenhum momento foi negado o assistencialismo a criança de acordo com inverdade relatada para reportagem. A instituição de ensino e sua equipe foi injustamente acusada com inverdades, deste modo estamos tomando as providências judiciais cabíveis, pelas acusações. A instituição de ensino repudia o fato de ato de descuido violência ou maustratos contra a criança e tem sido referência pela qualidade de ensino zelo, empatia e cuidados pelos alunos da nossa instituição (sic)".

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