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Direto das Ruas

"Esses vizinhos reclamam de qualquer coisa": diz homem acusado de ser acumulador

No quintal do catador de recicláveis, a reportagem encontrou telhas e tijolos empilhados e mato alto

Por Clara Farias e Gabi Cenciarelli | 18/02/2025 16:53
"Esses vizinhos reclamam de qualquer coisa": diz homem acusado de ser acumulador
Garagem do catador de recicláveis com pisos, tijolos e telhas acumuladas (Foto: Gabi Cenciarelli)

"Esses vizinhos reclamam de qualquer coisa", justificou o catador de recicláveis ao Campo Grande News sobre a reclamação feita por alguns moradores do bairro Parque Novos Estados. Na casa onde mora há mais de 30 anos, tijolos, telhas, restos de entulho empilhados e o mato alto acabam cercando a porta e o veículo na garagem. Há, ainda, sete cachorros que fazem companhia para o idoso, de 70 anos.

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"Esses vizinhos reclamam de qualquer coisa", diz um catador de recicláveis de 70 anos, acusado por moradores do bairro Parque Novos Estados de ser acumulador. A casa onde vive há mais de 30 anos está cercada por tijolos, telhas e entulho, além de abrigar sete cachorros. Um eletricista de 66 anos, preocupado com a proliferação de doenças e pragas, afirma que o idoso não permite a entrada de agentes de saúde. O catador, que recicla para sobreviver, nega ser acumulador e se diz perseguido pelos vizinhos. A Prefeitura de Campo Grande foi questionada sobre o caso e ainda não respondeu.

O assunto foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

Eletricista, de 66 anos, que pediu para não ser identificado, relata que está preocupado de que os acúmulos do vizinho resultem no aumento dos casos de dengue, aparição de escorpiões e ratos no bairro. "Eu já vi ele pegando coisas da praça e levando para casa. É muita sujeira, tem muitos cachorros e as fezes acabam ficando no quintal", reclamou ele.

Segundo o eletricista, as agentes de saúde não conseguem entrar no imóvel, pois o idoso não deixa. "Já chamamos até a Sesau [Secretaria Municipal de Saúde], mas eles não conseguiram entrar também. Ele não deixou", finalizou o vizinho.

Para a dona de casa, de 48 anos, todos estão precisando lidar com a sujeira feita pelo idoso. "Nossa quadra toda está cheia de ratos e ratazanas. A única casa que chama atenção pela bagunça, sujeira e acúmulo de lixo é a dele. Tenho medo até pelos cachorros que moram ali", disse ela.

O catador de recicláveis disse que guarda os itens no quintal porque está debilitado, e recicla os itens para garantir uma renda. "Mas isso não é acúmulo, não é um problema. Os ratos não estão vindo da minha casa. Estou sendo perseguido pelos vizinhos, já jogaram rato e gato morto no meu quintal. Eles reclamam de qualquer coisa", afirmou o idoso.

Conforme a Sesau, não há nenhuma denúncia formalizada no endereço em que o catador de recicláveis mora. Contudo, devido à solicitação do Campo Grande News, foi aberta uma ordem de serviço para a coordenadoria de vigilância ambiental ir até o local.

A secretaria ainda ressalta que qualquer denúncia envolvendo saúde pública, como acúmulo de lixo e materiais inservíveis, criadouros de mosquitos transmissores de arboviroses, entre outros, devem ser formalizadas por meio do canal da Ouvidoria da Saúde. O telefone da ouvidoria é o 3314-9955 ou 0800 314 9955.

(*) Matéria editada às 11h56 de quarta-feira (19) para acréscimo de nota.

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