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Direto das Ruas

Família luta por vaga em hospital para descobrir o porquê de bebê vomitar sangue

A menina de 8 meses passou por várias unidades hospitalares e a aguarda por atendimento em Curitiba

Maressa Mendonça | 06/02/2020 17:03
Família da pequena Emanuelle Vitória da Silva Fontoura (Foto: Arquivo Pessoal)
Família da pequena Emanuelle Vitória da Silva Fontoura (Foto: Arquivo Pessoal)

A falta de um diagnóstico preciso aumenta o sofrimento da família da pequena Emanuelle Vitória da Silva Fontoura, de 8 meses. O bebê vomita sangue diariamente e os médicos não sabem informar ao certo o motivo. A esperança da família, que mora em Ivinhema, distante a 282 quilômetros de Campo Grande, é a realização de uma consulta pelo SUS no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. O problema é conseguir a vaga.

“Se a gente soubesse o diagnóstico era mais reconfortante, mas sem o diagnóstico a angústia é muito grande”, declara a mãe de Emanuelle, a dona de casa Veronice Gomes da Silva, de 24 anos.

Ela conta que a filha foi diagnosticada com hiperplasia, aumento do número de células num órgão ou num tecido, no teste do pezinho. Quando a menina completou cinco meses, os pais perceberam sangramentos constantes nas fezes do bebê. Além disso, ela começou a vomitar sangue diariamente.

De lá para cá, a menina passou por hospital em Ivinhema, o Regional, em Campo Grande e outras unidades hospitalares, mas até o momento nenhum profissional cravou o que ela tem.

Em princípio acharam que se tratava de má formação no intestino, depois levantaram a hipótese de colite ulcerativa, doença caracterizada pela inflamação do intestino e sem causa definida. Sem diagnóstico fechado, não é possível realizar um tratamento adequado.

A família está realizando rifas e buscando ajuda de parentes e outros moradores de Ivinhema para conseguir arcar com os gastos de uma consulta ou internação no Hospital Pequeno Príncipe e da alimentação da menina. Emanuelle só pode se alimentar com leite especial em que o preço de 400 gramas é de R$ 200, em média.

As secretarias municipal e estadual de Saúde sabem do caso e dizem estar tentando a vaga em hospitais de outros estado.

Sônia Garção, secretária municipal de saúde de Ivinhema, explica não ser tão fácil conseguir uma transferência para outros estados. “A burocracia acaba impedindo o atendimento rápido”, diz.

Conforme a explicação, a documentação sobre o estado de saúde da menina foi entregue em Campo Grande porque a transferência deve ser realizada por meio do Estado. “Nós também estamos desesperados gostaríamos que ela já tivesse ido”, declara Sônia.

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou que “está empenhada para a realização da transferência da paciente. Todas as tratativas e processos burocráticos estão sendo realizados. A Secretaria Municipal de Saúde de Ivinhema está a par de todos os encaminhamentos e avanços.

A SES está tentando a transferência via Tratamento Fora do Domicilio (TFD). Entretanto, até o momento o Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba não liberou a vaga para a paciente”, disseram.

A reportagem também tentou contato com a assessoria de imprensa do hospital em Curitiba. Eles informaram que a gestão de vagas não é feita por eles e sim por central nacional de regulação de leitos. 

Solidariedade - A família também criou uma vaquinha online para pagar o tratamento. Quem quiser participar basta acessar o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/todospormanu-de07242a-a792-4ba9-a01a-1c21fb0091c6

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(*) Matéria atualizada às 13h25 do dia 7 para acréscimo de informações.

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