Homem morre em presídio e família cobra liberação de corpo

Família de Onofre Peres, que estava preso no Ptran (Presídio de Trânsito) e morreu nesta segunda-feira (18), reclama de demora na liberação do corpo. A família ainda pede que seja realizada autopsia para verificar a causa da morte do homem. Onofre era diabético e estava com uma ferida na perna.

A cozinheira Ana Paula Peres, 43 anos, entrou em contato com o Campo Grande News, pelo canal Direto das Ruas, e contou que o tio era diabético e há um mês estava com uma ferida na perna. "Ele bateu a perna enquanto subia na cama e desde então pedia por atendimento médico. É inadmissível isso", comentou Ana.

Segundo ela, o tio estava preso no local desde outubro de ano passado e nunca recebeu tratamento adequado para diabetes. A reportagem recebeu informações de que o homem estava reclamando de dores desde o dia 14, e os agentes da unidade não pediram escolta médica e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) teria sido acionado após o óbito.

Desde quando ficou sabendo que o tio morreu, Ana tem tentado contato com a assistência social do presídio para que o corpo do tio seja liberado pois a família mora em Corumbá. "Nós queremos que ele tenha um enterro digno. O que estão fazendo com ele é desumano", finalizou ela.

Em um dos vídeos enviados pelos colegas de cela de Onofre, mostra a ferida na perna do homem. As imagens mostram que a perna do rapaz está bem vermelha.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que o corpo do homem foi liberado ontem mesmo para o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e que ele recebia atendimento regular, sendo o último no dia 15.

Ainda conforme a nota, os profissionais que atenderam ele verificaram que Onofre estava com sinais estáveis e ele seria encaminhado, sob escolta, para realizar exames, mas teve um mal súbito e faleceu no local.

(*) Matéria editada às 14h13 para acréscimo de nota.

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