Insegurança e riscos à saúde deixam moradores de dois bairros preocupados
Donas de casa dos bairros Vila Planalto e Sílvia Regina relatam terrenos que se tornaram depósitos de lixo
Em dois pontos diferentes da cidade, moradores reclamam da mesma coisa e afirmam que “não sabemos a quem recorrer”. O caso é de terrenos tomados por matagal nos bairros Vila Planalto e Sílvia Regina, onde as donas de casa compartilham do mesmo sentimento de insegurança devido aos riscos à saúde e também à segurança.
A agente comunitária de saúde, Cristiane Otto, de 47 anos, conta que há 25 anos vê o terreno em frente a sua casa, na Rua Brunini, nessa situação. Lá há apenas seis casas, porém, além da Rua Brunini, o terreno ainda atormenta moradores de outras três ruas: Matão, Avenida Tamandaré e Jaboticabal, todas na Vila Planalto.
Incomodada, Cristiane conta que já procurou a prefeitura, mas foi informada que nada podia ser feito por se tratar de uma obra embargada na Justiça. “O mato já está tomando conta da rua. Daqui a pouco nem os carros conseguem passar por aqui”, relata.
Abandonado, o local vem se tornando depósito de entulhos e em tentativas de “limpar” o terreno durante a época de seca, algumas pessoas ateiam fogo no matagal. “A gente cuida, mas é complicado. Você corre atrás, briga, mas não tem jeito".
Além da preocupação com animais que saem do terreno, a moradora conta ter medo de que saia alguém do meio do matagal. “Antes da véspera do Ano Novo, a câmera do vizinho pegou um cara andando com luvas e olhando as casas. As crianças ficam todas trancadas porque não tem como deixar brincar na rua”, finaliza.
O mesmo receio é compartilhado pela auxiliar de serviços gerais, de 47 anos, que tem um terreno baldio ao lado da sua casa, na Rua Jaboatão, no Bairro Sílvia Regina. “Tenho medo de alguém se esconder ali. O mato está muito alto e perigoso. Durante a madrugada já escutei vozes de casais fazendo coisas ali no mato”, explica Celma Santos.
Com sua casa sendo invadida por caramujos e escorpiões, ela e o marido chegaram a pensar em contratar alguém para fazer a limpeza do terreno. “Não compensa pagar alguém para vir limpar, porque depois vem outro e joga lixo e nem é nosso também”.
Celma também entrou em contato com a prefeitura e foi informada que a sua solicitação estava em andamento, três meses após a ligação nada foi feito. “Não é do esgoto que vem os bichos é do mato, esses dias quase que a minha filha pisou no escorpião”, na casa ainda vivem com ela duas crianças, uma de 8 e outra de 5 anos.
Ao Campo Grande News a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) informou que o dono do primeiro terreno, que fica na Vila Planalto, já foi multado três vezes no ano de 2021 e ainda está em andamento uma notificação do ano de 2022, que está em trâmite na secretaria.
Sobre o segundo terreno, do Sílvia regina, foi dito que ainda não há notificações. A denúncia realizada está com o fiscal responsável da área para que seja feita vistoria e caso necessário notificação ao proprietário.
(*) Matéria editada no dia 06 de Janeiro às 16h56 para acréscimo da resposta da Semadur.
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