Morador denuncia abandono de terreno ligado ao Iphan em Campo Grande
O prédio que havia no local foi destruído por um incêndio, e agora a área seria usada para o tráfico de drogas
Um morador do Centro de Campo Grande denunciou o abandono de um terreno que está vinculado ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O denunciante relata que, em outubro de 2024, um incêndio destruiu a casa que existia no local. Desde então, a área passou a ser usada para o tráfico e consumo de drogas. O caso foi denunciado por um leitor via canal Direto das Ruas.
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Com receio dos frequentadores do terreno, localizado na Rua dos Ferroviários, o morador pediu para não ser identificado. O espaço fica entre as ruas Antônio Maria Coelho e a Avenida Mato Grosso. Ele afirma que os moradores da região enfrentam um “inferno” devido ao uso constante de entorpecentes no local.
“Já somos atormentados com usuários aqui na orla, agora isso. É o dia inteiro gente entrando e saindo do terreno, que era uma antiga casa de funcionários da ferrovia”, desabafa.
Ele explica que, apesar de a casa que existia no local ser tombada pelo Iphan, o terreno é particular. No entanto, até o momento, o proprietário não providenciou a limpeza da área. “Não conheço o dono. Pelo que ouvi na vizinhança, ele tentaria autorizar a limpeza, mas tudo precisa passar pelo Iphan e envolve burocracia”, afirma.
Posicionamento do Iphan - Em nota, o Iphan esclareceu que o imóvel fazia parte de um conjunto tombado em nível municipal, pela Secretaria Executiva de Cultura; estadual, pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul; e federal, pelo próprio instituto.
Por se tratar de uma propriedade particular, a manutenção e conservação do espaço são de responsabilidade do proprietário. O órgão informou que, após o incêndio, o imóvel – feito de madeira – foi totalmente destruído. Uma equipe do instituto esteve no local para uma primeira fiscalização.
“Foi realizada uma primeira reunião com o proprietário do imóvel, na qual recebeu orientações de como prosseguir com os trâmites junto ao órgão. Após a reunião o proprietário protocolou o pedido de autorização para limpeza e fechamento do terreno, que continua sendo de sua propriedade e de sua responsabilidade em zelar pelo espaço físico”, informou o Iphan.
O órgão acrescentou que a solicitação do proprietário está em análise e será respondida o mais breve possível, conforme os trâmites processuais. O Iphan também destacou que sua atuação se restringe à preservação do patrimônio cultural. Para questões envolvendo usuários de drogas e moradores em situação de rua, a orientação é acionar os órgãos competentes, como a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana e a Secretaria Municipal de Assistência Social.
A reportagem não conseguiu contato com o dono do terreno.
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