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Direto das Ruas

Morador reclama de som “ensurdecedor” em evento na Esplanada Ferroviária

Divulgado pela prefeitura, evento de música eletrônica foi realizado no domingo, até 22h

Por Jéssica Fernandes | 10/03/2025 14:41


RESUMO

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Moradores da Esplanada Ferroviária, em Campo Grande, reclamaram do som "ensurdecedor" de um evento de música eletrônica promovido pela prefeitura. O evento, que ocorreu no domingo, 9 de outubro, gerou queixas devido ao volume alto, afetando especialmente os residentes mais velhos e as casas históricas da região. A organização do evento, Techno na Rua, afirmou respeitar o patrimônio histórico e a legislação, mas seguiu orientações da Polícia Militar para encerrar a festa às 22h. A organizadora, Lara Najja, destacou o compromisso com a cultura e o respeito à comunidade, prometendo trabalhar para evitar problemas futuros.

Evento de música eletrônica divulgado pela Prefeitura de Campo Grande e realizado na noite de domingo (9), na região da Esplanada Ferroviária, gerou reclamações de moradores devido ao barulho "ensurdecedor", que se estendeu até as 22h. A sugestão foi enviada por um leitor nesta segunda-feira (10), por meio do Direto das Ruas.

André Luís, de 48 anos, mora há quatro décadas em uma das casas históricas da região e afirma que a vizinhança, formada por pessoas mais velhas, foi prejudicada pelo volume alto do som. Além disso, ele destaca que a estrutura das casas também foi impactada.

“O problema é o volume exacerbado, quase ensurdecedor. As casas aqui são de madeira, antigas. Tombadas. Deveria haver um bom senso do organizador do evento, há pessoas, idosos e famílias no entorno. [...] A casa também é de madeira, tremia tudo”, relata.

Ele gravou um vídeo mostrando o evento na rua e o alcance do som dentro de casa. Apesar de gostar de música, André Luís argumenta que o volume era injustificável. “Chegamos em torno das 15h e nos deparamos com esse evento, e o volume foi só aumentando. Quando chegou 21h, já estava insuportável”, comenta.

O funcionário público disse ter conversado com guardas municipais que estavam no local, mas foi informado de que eles não poderiam fazer nada. “Aí ficou nisso, liguei para a Polícia Militar, várias pessoas ligaram, mas ficou nisso”, afirma.

O evento alvo das reclamações foi a 3ª edição do Techno na Rua, que reuniu cerca de 10 DJs na Avenida Calógeras com a Avenida Mato Grosso, ao lado do monumento Maria Fumaça. A festa gratuita foi divulgada no site da prefeitura junto com outros eventos que integravam a agenda dos blocos do Carnaval 2025.

Organização -  A reportagem procurou a organizadora do bloco, Lara Najja, que se posicionou sobre o caso. Em relação a escolha do local da terceira edição, ela explica que a Esplanada Ferroviária é um local reconhecido como patrimônio histórico. “E temos o maior respeito por esse espaço, buscando sempre respeitar suas diretrizes e a legislação vigente”, declara.

O Tecno na Rua, segundo a organizadora, tem viés cultural, contribuindo para a valorização da diversidade musical. “Para isso, buscamos sempre o equilíbrio entre a promoção da cultura, o respeito ao patrimônio histórico e o convívio harmonioso com a comunidade ao redor”, pontua.

No domingo, ela também expôs que o som foi interrompido durante duas horas, causando a redução da programação e encerramento às 22h. Apesar disso ter sido um um imprevisto, a organização seguiu orientações da Polícia Militar. “Que nos aconselhou a seguir o horário de encerramento para evitar maiores transtornos à comunidade local”, completa.

Sobre a reclamação dos vizinhos, Lara Najja diz que a questão está sendo trabalhada junto aos órgãos competentes para entender melhor o ocorrido e evitar situações semelhantes no futuro. “Agradecemos as contribuições e críticas construtivas que nos ajudam a evoluir e melhorar a qualidade de nossas produções, e continuamos com o compromisso de seguir promovendo a música e a cultura de forma inclusiva e respeitosa”, frisa.

No comunicado enviado à reportagem, a DJ manifesta que a música eletrônica enfrenta preconceito e estigmatização. Porém, a música se trata de união. “Para combater esse preconceito, é fundamental trabalhar a educação, o diálogo e a sensibilização de todos os envolvidos – tanto os organizadores quanto o público. A música, em sua essência, deve ser um meio de união e respeito, não de divisão”, finaliza.

A reportagem também procurou a prefeitura, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.

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