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Direto das Ruas

Paciente diz que faz "maratona" para encontrar remédio em postos de saúde

Morador do Nova Lima aponta que há falta de medicação para diabetes e materiais para aferição de glicemia

Por Mylena Fraiha | 03/10/2023 16:59
Fachada do Centro de Especialidades Médicas, na Travessa Guia Lopes, local onde paciente reclamou de falta de medicamentos (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Fachada do Centro de Especialidades Médicas, na Travessa Guia Lopes, local onde paciente reclamou de falta de medicamentos (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A reclamação de falta de alguns medicamentos básicos segue nos postos de saúde de Campo Grande. Entretanto, dessa vez, pacientes apontam que há falta de remédios para pressão alta e diabetes, além da falta de materiais utilizados para aferir glicemia.

Um desses pacientes é o aposentado José Fernandes, de 61 anos, morador do bairro Nova Lima. Ele relata que tem passado por uma “maratona” em busca de medicamentos essenciais para tratar sua pressão alta, problemas cardíacos e diabetes.

“Eu passei por uma situação com infarto e diabetes. O atendimento médico é muito bom, são muito bem instruído. Mas a falta de medicação é um problema que muita gente tem reclamado”, explica.

Na semana passada, José visitou o posto de saúde do Nova Lima, próximo à sua casa, na esperança de encontrar as fitas e o aparelho necessários para medir sua glicemia. Infelizmente, o posto estava desabastecido, não dispondo dos itens vitais para o controle de sua condição.

Ainda em sua “maratona” pessoal, José relata que foi nesta terça-feira (3) visitar o CEM (Centro de Especialidades Médicas). No entanto, mais uma vez, não encontrou as fitas de glicemia e o aparelho necessário para seu controle de diabetes. "Lá afirmaram que não tinha a fita para medição de diabetes e o aparelho. Aí pediram para eu ir no Nova Bahia", relatou.

Somente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Nova Bahia, o idoso conseguiu encontrar os materiais que precisava para monitorar sua saúde. Ao Campo Grande News, José elogiou a competência dos profissionais de saúde, mas destacou que a falta de medicação tem sido recorrente nos postos da região.

"Alguns remédios são muito caros e não temos como pagar. Remédios para o coração e a pressão não são baratos. Nesse calor, é pior ainda ficar andando e procurando remédios entre os postos. E corre o risco de não ter ainda. É uma maratona", desabafou José.

Abastecimento - Á reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o estoque de fitas de glicemia não está zerado, mas em algumas unidades o fornecimento está sendo feito de maneira reduzida, aguardando uma nova remessa.

Quanto aos medicamentos para pressão e diabetes, a pasta afirma que o fornecimento é considerado regular, e esses medicamentos estão disponíveis gratuitamente em farmácias credenciadas ao programa Farmácia Popular, do Governo Federal.

A Sesau também destacou que o estoque de materiais, medicamentos e insumos da Rede Municipal de Saúde está 90% abastecido atualmente. Quaisquer faltas pontuais são atribuídas à indisponibilidade de matéria-prima no mercado, atrasos na entrega ou questões burocráticas.

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