Pacientes relatam espera de até 7 horas em Unidades de Pronto Atendimento
Imagens mostram corredores lotados e algumas pessoas aguardando em pé nas duas unidades de saúde
As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do Universitário e das Moreninhas estão com demora de até sete horas para atendimento nesta segunda-feira (2). Imagens mostram corredores lotados e algumas pessoas aguardando em pé.
O autônomo Aldair da Silva Junior, de 28 anos, informou que foi atendido, medicado e deve ser transferido para o Hospital da Santa Casa de Campo Grande. Ele precisa fazer uma cirurgia e aguardava na parte externa da UPA Moreninha.
"Preciso fazer uma cirurgia. Já obtiveram o encaminhamento para mim, mas não conseguimos encontrar uma ambulância ou equipe do Samu. Tenho que fazer essa cirurgia porque meus tendões estão rompidos, o osso está exposto e há risco de complicações. Está difícil encontrar transporte, não apenas para mim, mas para outras pessoas aqui também", alegou.
O construtor Washington Camargo, de 29 anos, reclama da lotação. "Eles falaram que não tinham médicos e nem maca para hidratação". Nesta segunda-feira, acompanhava a mãe na UPA do Universitário.
A auxiliar de serviços gerais Luana Cristina, de 36 anos, procurou a unidade da Moreninha com dores no corpo e mal-estar por volta das 13h30. Conta que recebeu atendimento somente às 16h10.
Por fim, um homem que preferiu não se identificar disse que chegou à unidade por volta das 9h e só foi ser atendido às 16h. "Está cheio e demorando muito".
Resposta Sesau - O Campo Grande News consultou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) em relação à situação da UPA Universitário, foi informado que o quadro de médicos está completo com quatro clínicos gerais e seis pediatras. "No início da tarde ainda foi enviada uma equipe de apoio para reforçar o atendimento de desafogar a demanda, sobretudo dos pacientes menos graves", informou a nota.
Já a UPA das Moreninhas está com seis clínicos e uma equipe de apoio foi ao local às 15h. Às 16h, tinham 20 pacientes aguardando atendimento. Sobre as ambulâncias de transporte, a Sesau disse que tem 11 em uso no momento.
Ainda de acordo com a assessoria da Sesau é "importante destacar que as UPAs são unidades de urgência e emergência e o atendimento se dá por classificação de risco e não por ordem de chegada".
A nota complementa que os pacientes em estado grave são priorizados em detrimento dos demais. Importante ressaltar ainda que nestas unidades há pacientes em observação ou aguardando transferência que precisam ser avaliados periodicamente pela equipe médica e de enfermagem.
Além disso, também é realizado o atendimento às intercorrências de urgência, como é o caso de pacientes que chegam em parada cardiorrespiratória, por exemplo, e precisam ser estabilizados. Desta forma, os médicos se revezam entre o atendimento que acontece internamente e também dos pacientes que chegam pela porta de entrada da unidade.
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