Moradores protestam contra proibição de pets em área comum de condomínio
Moradores planejam protesto, pois a medida descumpre regimento interno
O descumprimento de uma norma do regimento interno deixou o clima tenso entre os moradores e o síndico do Condomínio Vitalitá, que fica na Vila Margarida, em Campo Grande. Agora, os animais domésticos estão proibidos de caminharem pela área comum e os contrários à medida já iniciaram um abaixo-assinado com a possibilidade de protestos. Essa história chegou pelo canal Direto das Ruas.
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O Condomínio Vitalitá, em Campo Grande, enfrenta tensão após o síndico proibir passeios de pets na área comum, contrariando norma interna de 2021. Moradores, que temem pela segurança ao passear fora do condomínio, iniciaram um abaixo-assinado e planejam protestos. O síndico Marcus Velozo, que não respondeu à reportagem, enfrenta críticas por sua gestão. O caso reflete conflitos recorrentes no condomínio, que já teve disputas acirradas em eleições para síndico.
Quem compartilha o caso é a servidora pública Valéria Couto, de 58 anos, que mora com a família no Vitalitá desde 2014 e é tutora de dois spitz alemães. Anos atrás, os animais só podiam passear no espaço "pet play", mas é um local muito pequeno e até contaminado por carrapatos.
“É insalubre aquele espaço! Tínhamos que passear lá no Parque Sóter, que é bem na frente, mas as ocorrências de assaltos e tentativas de assalto eram frequentes, ficou realmente perigoso caminhar ali. Até que em 2021 houve a flexibilização, podendo passear com os animais na área comum, onde tem monitoramento por câmeras. Com isso, quem não recolhesse a sujeira era multado e a paz reinou no Vitalitá”, lembra Valéria.
O conjunto habitacional é formado por oito torres de apartamentos, totalizando mais de 730 unidades e que chega a mais de 2 mil habitantes. Quase metade dessas famílias possuem animais de estimação, com hábitos de passeios curtos.
Mesmo com essa flexibilização fixada no regimento interno, o síndico Marcus Velozo, que assumiu a gestão no segundo semestre de 2024, decidiu impor restrições aos pets. A mensagem chegou esta semana pelo grupo de comunicação geral do Whatsapp e gerou revolta.
“Imagina se todos os tutores decidissem usar o pet play ao mesmo tempo? Não cabem todos ali, nossos animais podem ficar com doenças sérias e está sempre fechado para manutenção. É perigoso sair para passear na rua, muitas pessoas foram vítimas de assalto. Além disso, só pode sair passando pelo estacionamento, que não tem câmeras e podem deixar sujeira ali que ninguém será notificado”, detalha a servidora.
Agora, um abaixo-assinado foi aberto para que a cláusula aceita em 2021 seja respeitada e os tutores pretendem fazer uma manifestação em frente à administração do condomínio. A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com Marcus por ligação e mensagem no Whatsapp, mas ele não respondeu às tentativas de contato. O espaço está aberto para esclarecimentos.
Confusão já é comum por ali - Durante a eleição para o cargo de síndico do condomínio, em julho do ano passado, até a presença de policiais militares foi solicitada. Uma ação judicial chegou a ser movida para pedir a exclusão de um dos candidatos a síndico. Marcus venceu e sua remuneração é de R$ 9,6 mil.
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