Quebra-molas improvisado surge “da noite para o dia” no Coophatrabalho
De concreto e construído em fases, o “arquiteto” do redutor de velocidade ainda é um mistério na região
Cansado de veículos andando em alta velocidade na Rua Murici, no Bairro Coophatrabalho, “arquiteto” misterioso construiu quebra-molas improvisado “da noite para o dia”. De concreto e construído em fases, o redutor de velocidades foi instalado no local há pouco mais de um mês.
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Um quebra-molas improvisado de concreto, construído à noite por um morador desconhecido na Rua Murici, em Campo Grande, causou polêmica. Construído em etapas, o dispositivo foi instalado para reduzir a velocidade dos veículos na via, onde o trânsito é frequentemente realizado em alta velocidade. Apesar de a maioria dos moradores se adaptar à nova estrutura, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) notificou o construtor, que terá 30 dias para remover o quebra-molas sob pena de multa. A agência ressalta a necessidade de licença prévia e estudos técnicos para quaisquer intervenções no trânsito, afirmando que o quebra-molas irregular pode causar acidentes e que a própria Agetran realizará um estudo técnico na via para avaliar as medidas cabíveis.
Um morador, que preferiu não se identificar, garantiu que o autor do projeto é desconhecido, mas especulações já foram realizadas entre os vizinhos. Ainda é explicado que a construção foi realizada na surdina da noite e dividida em duas partes.
“O que eu acho engraçado é que eles trabalharam ligeiro de noite. Quando acordei estava pronto um lado, tudo sinalizado, cheio de pau. Ficou uns três dias assim. Aí quatro dias depois que fizeram o outro lado”, conta.
Segundo o morador, na via o trânsito de veículos, em grande parte do tempo, é realizado em alta velocidade. Ele chega a contar que outra pessoa formalizou na Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) a reivindicação de uma lombada para a quadra de cima de onde foi instalada o quebra-molas improvisado.
Ainda foi explicado que o mesmo “arquiteto” começou a realizar a pintura do quebra-molas para sinalizá-lo. Porém, após uma equipe da Agetran ir até o local, a pintura da outra metade do redutor de velocidade improvisado não foi terminada.
“Quem que ia gastar dinheiro com cimento, pedra e concreto à toa só para ficar na rua? [...] Praticamente, quase todo mundo já se acostumou [com o quebra-molas]”, afirma o morador.
Para o Campo Grande News, a agência de trânsito informou que o morador que construiu o quebra-molas já foi identificado e notificado por sua construção. “A infração à legislação resultou em uma notificação com prazo de 30 dias para a remoção da estrutura. Caso não cumpra a determinação, será aplicada uma multa de R$ 3.000,00, e o quebra-molas será removido pela própria Agetran”, explica.
A Agetran ainda relembrou que “todas as intervenções no trânsito da cidade devem obedecer às normas previstas em lei. De acordo com o artigo 11 da Lei Municipal nº 2.909/92, de 28 de julho de 1992, a interrupção do trânsito depende de licença prévia e da devida sinalização do local. [...] Apenas a Agetran é autorizada a realizar sinalizações de trânsito nas vias municipais”.
Também é ressaltado que antes de instalar qualquer tipo de dispositivo nas ruas, como as lombadas, é necessário realizar um estudo técnico. Outra obrigatoriedade é realizar a sinalização adequada da via, pintura e instalação de placas de sinalização, seguir padrões de dimensões e espaçamento conforme previsto na legislação.
“Os quebra-molas construídos irregularmente, seja em locais proibidos, com altura inadequada ou sem sinalização, podem contribuir para acidentes de trânsito. [...] No caso da Rua Murici, a Agetran realizará um estudo técnico na via para avaliar as medidas cabíveis, sempre priorizando a segurança viária e o cumprimento das normas vigentes”, encerra a nota.
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