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Economia

"Não há restrição comercial com a China por causa do coronavírus", diz ministra

Ministra da Agricultura, Tereza Cristina tranquilizou mercado e garantiu que o processo de habilitação de frigoríficos continua

Rosana Siqueira | 05/02/2020 13:38
Embaixador chinês e ministra Tereza Cristina tiveram uma reunião para falar sobre parcerias comerciais. (Divulgação Mapa)
Embaixador chinês e ministra Tereza Cristina tiveram uma reunião para falar sobre parcerias comerciais. (Divulgação Mapa)

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina tranquilizou o mercado pecuário e garantiu que o processo de habilitação de frigoríficos exportadores de carnes do Brasil pela China está caminhando normalmente, apesar do surto de coronavírus no país asiático.

A informação foi repassada pela ministra da Agricultura, após se reunir com o embaixador chinês Yang Wanming. A notícia é de extrema importância para o Estado, já que em 2019, a China respondeu por 42% de todas as exportações com US$ 2,2 bilhões em compras, puxadas pela celulose, soja, milho e carne.

O embaixador relatou as medidas adotadas pelo governo chinês em relação ao coronavírus. “Vamos acompanhar de perto. É muito importante essa proximidade do embaixador conosco, para estar sempre nos municiando, mas por enquanto tudo normal”, afirmou a ministra, acrescentando que a questão de saúde está sob a coordenação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Segundo a ministra, no que diz respeito ao setor agropecuário, não há restrição ao intercâmbio comercial entre os dois países devido ao surto de coronavírus. O Brasil exporta para a China, principalmente, soja e carnes bovina, suína e de frango.

“Não mudou nada. O que pode ter atrapalhado a movimentação foi o feriado do ano novo chinês, que foi prolongado por causa do coronavírus”, acrescentou.

“Nós temos um procedimento de habilitação de frigoríficos que está andando no seu ritmo. Isso está em processo normal de encaminhamentos lá na China, nos ministérios e na aduana”, disse ela.

A China é o principal mercado para a soja e carnes do Brasil, que vem tentando ampliar o número de produtores de carnes habilitados a exportar, inclusive para atender a um crescimento da demanda chinesa, cuja produção de carne suína despencou em função da queda drástica do plantel, devido à peste suína africana.

Além disso, o Brasil quer ter maior acesso ao mercado de farelo de soja chinês.
“Tratamos das nossas parcerias comerciais que devem continuar tranquilamente, sem nenhum sobressalto, porque o Brasil é um grande parceiro da China na área de produtos agrícolas”, pontuou a ministra.

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