Saúde quer proteção para além de coronavírus e já cogita agir na fronteira
Medidas foram debatidas na primeira reunião do Centro de Operações Emergências para definir medidas em relação a doença
Adequar o plano de contingência para abranger outras doenças respiratórias, além do novo coronavírus, e pedir orientações para agir na região de fronteira estão entre as definições tiradas na primeira reunião do Centro de Operações Emergências, realizada na manhã desta terça-feira. O grupo foi criado pela SES (Sistema de Estado de Saúde) para traçar ações de prevenção quanto ao avanço da doença que já matou 426 pessoas na China e tem 14 casos suspeitos no Brasil.
De acordo com a infectologista Priscila Alexandrino, medidas semelhantes para prevenir dessa doença servem, por exemplo, para outros vírus respiratórios como a gripe, comum durante o período de inverno, entre os meses de junho e setembro. “Influenza é mais comum”, explica a médica do Hospital Universitário, instituição que dá acompanhamento técnico ao grupo.
Apesar de não serem detectados casos suspeitos de coronavírus no Estado, há investigação no País vizinho, o Paraguai. Por isso, o grupo vai pedir orientações à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária ) sobre procedimentos referentes a ações na fronteira.
A reunião contou com a presença de representantes das áreas técnicas da SES envolvidos na atuação em situações de emergências de saúde. Durante as explanações, foi informado o cenário global do novo coronavírus.
Também foi reforçado entre os integrantes do centro o fluxo de atendimento de casos suspeitos e foi reapresentada a nota técnica orientando sobre as ações a serem adotadas em caso de surgimento de pessoas com os sintomas da doença e de como proceder com a coleta de amostras para exames.
A nota já foi enviada aos profissionais de saúde dos 79 municípios e também a todos os serviços de saúde públicos e privados. Os profissionais de saúde têm prazo de 24h para comunicar a Saúde sobre as suspeitas.
O Centro de Operações de Emergência será o responsável pelas informações oficiais referentes a doença, em Mato Grosso do Sul. As reuniões serão semanais e será divulgado boletim epidemiológico, caso apareçam casos suspeitos do nCov-2019 .