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Economia

À espera de revitalização, Mineração de MS teve produção de R$ 1,49 bilhões

Ricardo Campos Jr. | 07/08/2017 10:29
As exportações de minérios enfrentam queda no preço das commodities em contraste com aumento nos insumos e altos tributos. (Foto: Anderson Gallo / Diário Corumbaense)
As exportações de minérios enfrentam queda no preço das commodities em contraste com aumento nos insumos e altos tributos. (Foto: Anderson Gallo / Diário Corumbaense)

O valor bruto da produção extrativa mineral em Mato Grosso do Sul fechou 2016 em R$ 1,49 bilhões, o que corresponde a 45% do que foi gerado pela indústria no mesmo período. Os dados computados pela Fiems (Federação das Indústrias do Estado) foram trazidos à tona pela Vale para mostrar que embora passe por dificuldades, o setor tem potencial e precisa voltar a crescer.

Conforme estatísticas do governo, em 2014 o valor da produção do setor havia fechado em R$ 3,8 bilhões.

As exportações de minérios enfrentam queda no preço das commodities em contraste com aumento nos insumos e altos tributos. A demanda mundial pelo produto também se retraiu e só no mês passado deu sinais de retomada. Com os menores rendimentos históricos sendo computados mês a mês, o nível de endividamento das empresas cresce.

Durante apresentação no 1º Encontro para Revitalização da Indústria Mineral de Mato Grosso do Sul, o gerente de Operações e Relações Institucionais da Vale, Olemar Tibães, afirmou que o setor emprega atualmente 2.634 pessoas, que recebem salário médio de R$ 2.729, ou seja, ano passado as 123 indústrias mineradoras pagaram, somente em salários, R$ 86,3 milhões.

Ano passado o minério de ferro representou 57% das exportações do setor no estado para outros países, enquanto minerais não-ferrosos corresponderam a 35%.

Conforme a Vale, mesmo diante da crise e das dificuldades o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) classifica Mato Grosso do Sul como o terceiro maior estado minerador de minério de ferro e o segundo em manganês em termos de produção.

O estado é o quinto em montante de recolhimento da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), atrás de Minas Gerais, Pará, Goiás e São Paulo. Segundo o governo do estado, somente no primeiro semestre do ano passado o tributo rendeu R$ 30,10 milhões.

Esses números são importantes porque parte deles são revertidos aos municípios onde as indústrias estão instaladas e podem se converter em benefícios à população. Da arrecadação total, 65% são destinados ao poder público local.

Somente as empresas sediadas em Corumbá, por exemplo, recolheram no primeiro semestre do ano passado R$ 26.174.524,25 a título de compensação. As operações das companhias na Cidade Branca somaram no período R$ 500.116.127,89.

A retomada do setor, segundo Tibães, tem que passar por melhoras na logística de transportes, geração de energia e redução de tributos para se tornar mais competitivo.

Números da Vale – A empresa, conforme o gestor, recolheu aos cofres estaduais entre 2015 e 2016 R$ 295 milhões e injetou R$ 294 milhões no mercado local por meio de negócios com fornecedores, o que representa 46% das compras feitas pela empresa no período.

A companhia atualmente destina 45% dos contratos vigentes junto a 35 prestadores de serviço sul-mato-grossenses. Das 365 solicitações de serviços pontuais feitas no biênio, 254 foram contratadas no mercado local.

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