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Economia

Ataques de lagartas podem reduzir produtividade de lavouras de milho em 70%

Bruno Chaves | 18/05/2014 18:05
Mais de 70% da produção de milho do Estado é de transgênico, afirma pesquisador (Foto: João Garrigó/Arquivo Campo Grande News)
Mais de 70% da produção de milho do Estado é de transgênico, afirma pesquisador (Foto: João Garrigó/Arquivo Campo Grande News)

O ataque de lagartas e outras pragas às lavouras de milho transgênico de todo o País foi discutido pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) na última semana. O assunto preocupa tanto os agricultores brasileiros porque pode reduzir a produtividade das lavouras em até 70%.

Em números, a perda em Mato Grosso do Sul seria significativa, já que, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção estimada em abril deste ano é de 7,2 milhões de toneladas do produto colhido em 1.470.000 hectares.

“Com ataques de lagartas, a perda da lavoura pode chegar a 70%. Se o produtor não efetuar o controle, a efetividade da planta cai”, explicou o pesquisador da Fundação MS, José Fernando Grigolli, que ainda revelou que mais de 70% da produção local de milho é transgênica.

Conforme Grigolli, o Estado possui vários materiais de milho transgênico. “As primeiras tecnologias são mais atacadas pelas lagartas porque estão no mercado há mais tempo”, revelou.

Para ele, as tecnologias Herculex e Yieldgard são as que mais sofrem com as pragas, pois são as pioneiras. “As lagartas foram evoluindo e conseguiram ficar, de certa forma, resistentes”, disse.

Já tecnologias mais novas, como a Pro, Pro 2 e Viptera são menos agredidas. “Elas passam por um cenário mais confortável. Isso porque a Pro e Pro 2 saíram no campo no ano passado e a Viptera é menos utilizada. Então, as pragas não têm resistências”, explicou.

Em Mato Grosso do Sul, os produtores enfrentam problemas de ataques com a tecnologia Herculex. “Pro e pro 2 têm alguns relatos de ataques em áreas pontuais. Já a Viptera não tem relatos de ataques de pragas”, afirmou Grigolli.

Para evitar agressões severas às lavouras, conforme o pesquisador, o ideal é aplicar defensivos logo no início da infestação, quando for observado a raspagem da folha.

“Essa é a hora de aplicar. Independente da tecnologia utilizada, convencional ou transgênico, é importante fazer o acompanhamento da área para evitar que a infestação seja alta. Aplicando o inseticida na hora correta, evita grandes perdas”, disse.

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